sexta-feira, novembro 14, 2008

Câmara vai gastar mais R$ 6,46 milhões com vale-refeição

Um aumento de apenas R$ 36,80 no tíquete-refeição dos servidores da Câmara vai impactar o orçamento da Casa em R$ 6,46 milhões por ano. Caso a elevação do benefício seja estendida ao Senado e ao Tribunal de Contas da União (TCU), o impacto será de R$ 10,38 milhões nas contas anuais do Congresso Nacional.
A decisão já foi tomada na Câmara. Lá, os 14.650 servidores vão receber um reajuste 6,12%, passando de R$ 601,20 para R$ 638,00. O pagamento é feito em dinheiro e vem junto com o próximo contracheque, no dia 21 ou 24 de novembro.
De acordo com o departamento financeiro, o novo valor deveria ser de R$ 760,00 caso fosse aplicado o índice de reposição previsto em lei. Mas o comando da Casa alegou que não havia recursos para bancar o reajuste pretendido. Nos bastidores, porém, é dado como certo que o Senado e o TCU vão acompanhar o aumento, como costuma ocorrer.
Com o novo tíquete, cada servidor da Câmara terá no bolso o equivalente a R$ 29,00 para gastar todo dia útil com alimentação ao longo do mês.
O valor é 61,4% superior à média de gastos com refeição em Brasília, de R$ 17,83, calculada pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert). Por mês, o custo é de R$ 392,26 – bem menos que os R$ 638,00 a serem pagos pela Câmara.
A pesquisa da Assert considera o valor de uma refeição mais bebida, sobremesa e cafezinho. A média nacional nas capitais pesquisadas pela associação é de R$ 14,87.
O custo da alimentação em quatro dos sete restaurantes da Câmara, seguindo os padrões da Assert. No Hibisco, a refeição completa sai a R$ 12,44. No Vila Chocolate, a R$ 20,97. No Natureto, a R$ 22,05. Na Churrascaria Pampa, o preço é R$ 39,54 (para o bufê por pessoa) ou R$ 62,61 (para o serviço a la carte).
Segundo o Ministério do Trabalho, 6,2 milhões de brasileiros recebem tíquetes nas modalidades refeição (compras em restaurantes) e alimentação (para supermercados). As empresas que aderem ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) ganham isenções fiscais por concederem benefícios a seus funcionários.(Congresso em Foco)

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