O Poder é essencialmente amoral. E esta afirmação me faz pensar ainda mais sobre todos os desdobramentos políticos e jornalísticos aqui em Brasília e no Brasil...
Agora as críticas se voltam para um jornalista da grande mídia corporativa. Acredito que todas elas são bem apropriadas para a “gafe” gafe? Não vejo uma atitude de puro preconceito e prepotência como apenas uma “gafe”.
Gafe é quando você troca o nome de uma pessoa, ou não sabe com que talher comer peixe ou lagosta em uma recepção, por exemplo, mas desmerecer pessoas, falar de forma arrogante e em tom de deboche é desrespeitoso, ultrajante e por que não decadente, sobretudo para um “grande jornalista”. Que só pediu desculpas porque o áudio “vazou” no ar e o Brasil inteiro ouviu!
É tudo muito mascarado nas redações das grandes emissoras de TV, é inacreditável como todos eles são “politicamente corretos” e passam a imagem dos “acima de qualquer suspeita”,dão verdadeiras lições de moral neste ou naquele político corrupto; mas basta as luzes das câmeras se apagarem que eles mostram a verdadeira personalidade soberba, contraditória e competitiva. E este fato serve para nos fazer pelo menos pensar sobre que mídia nós temos neste país, em especial a cobertura política.
Sempre acompanhei a opinião desses ditos “grandes jornalistas políticos”, mas quando os conhecemos, ou quando estudamos com eles e voltamos as nossas atenções a nos aprofundar no estudo da Ciência Política acabamos por perceber e/ou constatar o quão infantil, talvez até inocente é essa cobertura política brasileira.Lamentavelmente é fraca!Não chegamos nem aos pés dos jornalistas políticos dos Estados Unidos, por exemplo.
É notória a falta de preparo da maioria dos jornalistas políticos de Brasília e do Brasil, ficamos mais na área do “Achismo habitual” do que uma contribuição mais eficaz para a população, é um tal de: “Eu acho isso” “Eu acho aquilo”, sobretudo os mais novinhos que entram nas redações por pura indicação política (o que é deplorável e que são substituídos quase que semanalmente) não sabem sequer formular perguntas ou mesmo segurar o microfone.Mas há casos mais graves: que são aqueles jornalistas amigos dos políticos,aqueles com carreira já consolidada, os famosos “formadores de opinião” que mantém uma relação quase promíscua com os “nobres políticos” , uma relação de profunda amizade e respeito.Estes “grandes jornalistas” apenas seguram o microfone para dar voz ao que os políticos/ amigos ou seria amigos/políticos querem divulgar...É melancólico ver entrevistados e entrevistadores políticos hoje em dia no Brasil...Há todo um jogo político e teatral dentro das redações ...Sei não...Para onde caminha o jornalismo político neste país? Os nossos formadores de opinião estão formando que opinião????
O brasileiro não tem opinião formada sobre nenhum assunto que diga respeito à política que é feita em Brasília (principalmente) é alheio a todas grandes decisões que são tomadas no centro do poder político, decisões que afetam as suas vidas diretamente; muito dessa responsabilidade se deve ao desserviço das nossas grandes corporações jornalísticas e midiáticas.Os telejornais estão bobos!!!Quem é que agüenta assistir ao Jornal da Globo? Puxa até rimou! O último que assisti foi patético!Uma reportagem sobre um casal que se conheceu na São Silvestre do ano passado... Mas qual é a relevância disso????????? Quem é que quer saber sobre este casal ??????????Que conteúdo jornalístico tem isso? Quem são os editores deste telejornal ????????? Fico vendo as jovens jornalistas decorando os textos sem ter a menor idéia do que esta ou aquela notícia significa.
Este ano me dei ao trabalho de ir conhecer um pouco mais de perto a forma como se faz TV nos Estados Unidos (NY) e fiquei maravilhada com tamanha responsabilidade das emissoras consideradas sérias por lá. Jornalista com menos de 30 anos não segura microfone, não é comentarista político, aliás não é comentarista de nada! Nem faz entrevistas consideradas importantes, sequer está na frente das câmeras em rede nacional como é de praxe por aqui.
Por lá eles passam anos a fio fazendo produção, estudando e se preparando para só então assumirem uma reportagem. Âncora só depois de muito tempo de experiência e com carreira já consolidada, coisa para lá de 10 anos de profissão. Lá existe uma conduta ética desconhecida por aqui. As emissoras oferecem oportunidades iguais para todos os candidatos a jornalista (também é assim em outras profissões). Os candidatos a um determinado cargo são avaliados por seus currículos e não por seus “padrinhos”.
Por que temos a sensação que muitos dos profissionais desse país são despreparados?Essa sensação vai do médico do posto de saúde, ao próprio presidente da república. No jornalismo acontece a mesma coisa, sobretudo na corte tupiniquim... Por aqui trabalhar em grandes emissoras de TV só com o famoso Q. I. (Quem Indica).
Quanta irresponsabilidade vai ao ar, quanta opinião boba e desnecessária assistimos em nossas casas todos os dias? E isso sem falar naqueles famosos curiosos que nem jornalistas são, mas que estão ali para dar ‘pitaco’ sobre isto e aquilo, ensinando a população como ela deve se vestir, se portar, como deve ir a uma entrevista de emprego, onde investir o seu parco dinheirinho etc. É tudo muito triste, demagogo e até cruel.
O povo brasileiro está sujeito a tudo mesmo. Somos um povo desrespeitado até por aqueles que dizem nos representar, ser a voz do povo!Imprensa o 4° Poder!Poder de que ??? Poder de tornar um povo cada vez mais oprimido?Com menos auto-estima do que já tem?Com menos informação de qualidade?As opções da TV aberta são as piores possíveis, beirando o ridículo e o constrangedor.
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