quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Interlegis empregou parentes de Agaciel


 


 
O maior censo do mundo. A mais completa radiografia das câmaras e assembléias legislativas do país. As referências elogiosas dirigidas pelos senadores ao I Censo do Legislativo, feito pelo Senado em 2005, encobriram uma velha prática na Casa: a contratação de parentes com dinheiro público.
 
Vinculado à Primeira Secretaria, o programa Interlegis contratou três irmãos do então diretor do Senado, Agaciel Maia, para fazer o censo no Rio Grande do Norte, estado de origem da família Maia, também representada no Congresso pelo deputado João Maia (PR-RN). O atual vice-prefeito de Jardim das Piranhas, Galbê Maia (PR) – na época, ex-prefeito da cidade – e as irmãs Zoraide Maia Alves e Zilne da Silva Maia foram encarregados de levantar a situação das câmaras de 94 dos 167 municípios potiguares.

Requisito para a manutenção de um contrato de US$ 25 milhões do Senado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o I Censo do Legislativo não teve processo seletivo e privilegiou a contratação de pessoas com ligações políticas nos estados. “O maior censo do mundo”, alardeou há quase cinco anos o então primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB). O levantamento caminha para a sua segunda edição sob a desconfiança de entidades ligadas às câmaras municipais.

Agaciel, responsabilizou Efraim pela contratação de seus irmãos. "Pergunta para quem os nomeou. Eles são ligados ao DEM. Não tenho nada a ver com isso. Pergunte ao primeiro-secretário que era responsável pelo Interlegis na época”, afirmou, em referência ao partido do ex-primeiro- secretário. Em tom de desabafo, o ex-diretor-geral do Senado disse não ter como responder pelos atos dos familiares. “Tenho 22 irmãos, 13 são vivos. Tenho mais de 2 mil parentes em Brasília. Não tenho que dar conta da vida de todos eles. Chega de colocar tudo nas minhas costas, não sou mais diretor-geral", reclamou. Procurado em seu gabinete, Efraim Morais não retornou o contato feito pela reportagem. Segundo a assessoria do senador, ele estava incomunicável no Rio de Janeiro.


Apesar de ter exaltado os dados do Censo em artigo publicado no jornal Correio Braziliense em 28 de julho de 2006, Agaciel nega que sabia da contratação dos irmãos. "Você acha que eu colocaria meus irmãos para ganhar ajuda de custo por três meses para fazer o censo se eu tinha em meu gabinete duas vagas com salário de R$ 10 mil e não foram preenchidas?", questiona.Mas que cara de pau!!!E ele ainda quer se candidatar a deputado distrital,alguém vota?????????


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