Lula deixa deficit recorde na previdência
Quem suceder o presidente Lula vai enfrentar, no primeiro ano de governo, um deficit recorde no regime de aposentadoria dos servidores públicos federais. Projeções do Ministério da Previdência indicam que o rombo chegará em 2011 à marca de R$ 32,4 bilhões. Esse valor representa um aumento de 33% ante o saldo negativo esperado para este ano, calculado em R$ 24,3 bilhões. Em 2009, as contas fecharam no vermelho em R$ 23,2 bilhões. Segundo o ministério, a renda média mensal dos aposentados do funcionalismo federal é de R$ 4.575. Dos pensionistas, R$ 2.534. No regime dos trabalhadores da iniciativa privada, essa renda é de R$ 713. A pasta da Previdência atribui o deficit maior a um abono de permanência, criado no início da gestão Lula para evitar uma corrida à aposentadoria, e reconhece o impacto da reestruturação de carreiras do atual governo federal.
Sindicatos criam chapa Dilma-Alckmin
A rejeição ao pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, está levando parte do movimento sindical de São Paulo alinhada com Geraldo Alckmin (PSDB), postulante ao governo paulista, a defender a candidatura de Dilma Rousseff (PT). Alckmin tem a simpatia de pelo menos 40% dos sindicatos filiados à Força Sindical em São Paulo, segundo cálculo do tucano Antonio Ramalho, vice-presidente da entidade que, no Estado, tem uma base de cerca de 4,5 milhões de trabalhadores.
Crise europeia freia interesse dos mercados pelo Brasil
A crise da Europa ameaça acabar com a lua de mel do mercado internacional com o Brasil. O prolongamento das turbulências tende a secar os recursos disponíveis para aplicações em ativos considerados de risco, como os brasileiros. As incertezas dos últimos dias já fizeram estragos no País. Os estrangeiros tiraram quase R$ 900 milhões da Bovespa nos três primeiros dias úteis de maio. A média diária de saída (cerca de R$ 300 milhões) supera até mesmo a do pior momento da crise global. Em outubro de 2008, a média diária era de R$ 213 milhões. No mercado futuro de câmbio, os estrangeiros passaram a apostar na desvalorização do real. Na sexta-feira, o dólar valia R$ 1,85, ante R$ 1,74 no fim do mês passado. Outra evidência de que o sinal amarelo acendeu foi o recuo da Odebrecht, na sexta-feira, em uma emissão internacional da ordem de US$ 200 milhões. “O Brasil tem sido o queridinho porque há poucas opções no mundo e por causa da enorme liquidez despejada pelos governos nos mercados”, disse o diretor do HSBC para América Latina Luís Eduardo de Assis. “Mas essa nova pernada da crise reduz a liquidez".
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