segunda-feira, agosto 23, 2010

Como voluntária da Anistia Internacional divulgo mais este apelo


Milhares de norte-coreanos cruzam a fronteira com a China sem autorização oficial, correndo grandes riscos. Quando apanhados pelas autoridades chinesas são devolvidos para a Coreia do Norte, onde são detidos, interrogados, quase sempre torturados, obrigados a realizar trabalhos forçados, vítimas de outros maus-tratos em campos penitenciários e, em alguns casos, executados.

As condições de reclusão variam de um centro para outro, porém, geralmente são mais árduas em campos para prisioneiros políticos (kwanliso) do que em outros, para onde são enviados os presos detidos por “crimes” não políticos (kyohwaso o nodong danryundae). Em todos os campos os presos são obrigados a realizar trabalhos forçados, que geralmente consistem em trabalhar em pedreiras ou realizar atividades madeireiras nas montanhas por mais de dez horas por dia, sem intervalos.  


Jeong Sang-un, ex-minerador de carvão que combateu a favor da Coreia do Sul, foi capturado pelos norte-coreanos durante a guerra da Coreia (1950-1953). Em setembro de 2009, ele cruzou a fronteira da Coreia do Norte com a China, mas não se sabe exatamente qual o motivo. Desde que teve início a crise de alimentos na Coreia do Norte, no começo da década de 1990, milhares de norte-coreanos cruzaram a fronteira para a China a cada ano em busca de comida e asilo.

Pouco depois da chegada de Jeong Sang-un na China, as autoridades o detiveram na província de Jilin até o momento de sua devolução para a Coreia do Norte, em fevereiro. Ao regressar, estava com a saúde muito abalada, não podendo andar sem ajuda. Nessa ocasião, Jeong Sang-un não foi julgado, mas enviado diretamente ao campo penitenciário para presos políticos (kwanliso) de Yodok, na província de Hamkyung Meridional.

Segundo afirmam ex-detidos e seus familiares, no kwanliso de Yodok, onde Jeong Sang-un está aprisionado, o fornecimento de alimentos e remédios é insuficiente e  os presos, mesmo os menores de idade, são executados - e estas execuções os internos são obrigados a assistir. A tortura é uma prática generalizada. Muitos internos acabam morrendo após realizar trabalhos árduos e perigosos de forma praticamente ininterrupta.


Jeong Sang-un, de 84 anos, está detido em um campo penitenciário para presos políticos na Coreia do Norte, após ser devolvido ao país pelas autoridades chinesas. Sabe-se que ao regressar não gozava de boa saúde. Dada a sua idade avançada e as duras condições no campo penitenciário, a vida de Jeong Sang-un corre perigo. 

Quem quiser ajudar neste apelo pode escrever cartas para:



Representante da Coreia do Norte na ONU em Genebra:
So Se-pyong
Chemin de Plonjon, 1
1207 Gênova
Suíça
Fax:                 + 4122 786 06 62
E-mail:             mission.korea-dpr@ties.itu.int
Tratamento: Dear Ambassador / Exmo. Senhor Embaixador

Representante da Coreia do Norte na ONU em Nova York:
Sin Son-ho
820 2ª Ave. 13º andar
New York – NY 10017
USA

As cartas poderão ser escritas em coreano, inglês ou português.

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