O presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, espera que o Banco Central retome os cortes na taxa básica de juros, a Selic, a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). “A manutenção dos juros em 10,75% ao ano frustrou as nossas expectativas. Esperávamos que o ciclo de redução dos juros começasse na reunião que terminou há pouco”, destacou Andrade.
Suas previsões se baseavam na mudança de cenário registrada nos últimos meses. “A inflação e a atividade econômica perderam ritmo, abrindo espaço para a revisão do aperto monetário”, argumentou o presidente em exercício da CNI. Segundo Andrade, com a desaceleração dos preços dos alimentos em junho e julho, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve manter-se dentro da meta fixada pelo Banco Central para este ano. Além disso, os últimos indicadores da atividade econômica confirmam que o forte crescimento do primeiro trimestre foi atípico e dificilmente se repetirá com mesma intensidade no segundo semestre.
“O cenário interno, associado a um quadro internacional incerto, criou condições para a reversão da trajetória de elevação dos juros”, avaliou Andrade. Ele destacou que a redução da taxa Selic nas próximas reuniões do Copom ajudará a diminuir a grande diferença entre os juros cobrados no Brasil e o dos demais países.
Nenhum comentário:
Postar um comentário