A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, realizou nesta segunda feira seu último comício de campanha com um discurso de defesa do legado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e promessas de erradicar miséria no país e melhorar a vida da classe média.
“Vamos derrotar o preconceito e vencer o medo de novo”, disse Dilma logo no início de seu discurso, às 20h30, justamente quando a chuva leve começou a virar temporal e centenas de pessoas passaram a deixar o Sambódromo, usando faixas e cartazes para se proteger da chuva.
A candidata se referia ao fato de ela poder se tornar a primeira mulher a presidir o país, mas também à candidatura de Netinho, que é negro e concorre a uma vaga do Senado pelo PC do B.
“Vamos eleger a maior prefeita que essa cidade já teve e também esse meu mano”, disse Dilma apontando para Netinho.
Dilma afirmou que todos tinham “um encontro com a democracia em seis dias” e pediu que eles mantivessem a serenidade, “porque ninguém pode tirar a gente do rumo”, e também determinação para sair às ruas buscar até o último voto.
Ela terminou seu discurso homenageando as mulheres do Brasil, inclusive a primeira-dama, dona Marisa, que ajeitava um boné vermelho do PT para tentar se proteger da chuva.
Discurso do Lula
O microfone passou então para o presidente Lula, que foi saudado aos gritos pela multidão antes mesmo de cumprimentar “minhas queridas companheiras.” As referências de Lula ao futebol e a diminuição da chuva voltaram a animar o público no Sambódromo.
Lula dedicou boa parte de seu discurso à capitalização da Petrobras, dizendo que acompanhou a operação, na sexta-feira, da Bolsa de Valores de São Paulo. “Quando eu era sindicalista, o pessoal da Bolsa tinha medo de mim”, brincou.
“Nunca antes no planeta Terra se viu uma capitalização como essa”, afirmou o presidente, apostando que em pouco tempo a empresa será a maior petrolífera do mundo – hoje está em segundo lugar, atrás da Exxon.
Lula disse ter orgulho “de ter aprendido com o radicalismo dos anos 70, 80 e 90” e lembrou da trajetória de Dilma: “Aos 20 anos, ela foi lutar pela democracia. E a luta dos que morreram será consagrada no dia 3.”
Aloízio Mercadante protagonizou um dos momentos mais divertidos do comício. Ao som do jingle da campanha, ele começou a dançar com Dilma e foi acompanhado por Lula e Marta, além de Netinho e outra petista. Depois da dança, ele condenou o apoio que seus adversários têm na imprensa. Fora do palco, ao menos dois militantes carregavam cartazes acusavam veículos de comunicação de mentirem.E assim terminou o último comício da Dilma...
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