O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira que é pouco provável que se chegue a um acordo global de curto prazo para equilibrar a questão cambial no mundo.
Os desequilíbrios cambiais entre os países, já descritos como uma "guerra cambial", são um dos principais temas da reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, que ocorre até domingo em Washington.
Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais reunidos na capital americana vão tentar chegar a um acordo para resolver os desequilíbrios cambiais.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também está em Washington para a reunião do FMI e do Banco Mundial, fez uma manifestação mais otimista em relação à possibilidade de acordo.
"Estou otimista, porque acho que podemos resolver os problemas se tivermos uma ação coletiva, não isolada", disse Mantega.
"Acho que podemos atingir um acordo sobre como tratar essa questão cambial no encontro do G20 (marcado para novembro, na Coreia do Sul). Nós podemos começar a discussão neste fim de semana, mas acho que no encontro do G20 nós podemos chegar a um acordo, algo como o Acordo de Plaza", afirmou o ministro.
Um dos temas da discussão na reunião de Washington é a possibilidade de se chegar a um acordo nos moldes do Acordo de Plaza, fechado em 1985, no Hotel Plaza, em Nova York, entre Estados Unidos, Japão, Alemanha e Grã-Bretanha, para promover uma desvalorização do dólar, que havia chegado a um valor recorde na época.

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