A Petrobras anunciou nesta quarta-feira o fim das operações de exploração e produção de petróleo no Equador, depois de fracassadas as negociações entre a empresa e o governo equatoriano sobre as novas regras para a exploração petrolífera no país.
De acordo com a empresa, sua subsidiária possui 30% de participação nos ativos dos poços, por intermédio da Sociedade Ecuador TLC S.A, com produção diária de 2,4 mil barris por dia. A produção no Equador representa "aproximadamente 3% do total da produção consolidada” da Petrobras Argentina S.A.
O Equador já havia anunciado na terça-feira a saída da Petrobras dos campos de exploração do país.
As novas regras para a exploração de petróleo no Equador estabelecem que o Estado arrecadará todo o lucro obtido com a extração, em troca do pagamento dos custos de produção, limitando o papel das empresas estrangeiras à prestação de serviços.
Segundo o ministro equatoriano, com a renegociação, o Estado passará a ficar com 80% das divisas da exploração de petróleo, e não mais com 70%, como previam os contratos anteriores.
Outras três companhias, além da Petrobras, também ficaram de fora dos novos contratos. Por outro lado, o Equador fechou acordos com as empresas Repsol-YPF, Agip, Andes Petroleum e PetroOriental-Enap.
O impasse nos contratos entre a Petrobras e o Equador se arrasta desde 2008, quando o governo anunciou as novas regras para a exploração petrolífera no país. Antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo.
À época, quando foi assinado o "contrato de transição", a Petrobras havia advertido que o impasse entre a estatal e o Equador continuava, apesar do acordo e que existia a possibilidade da companhia deixar do país.
Membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Equador produz 500 mil barris de petróleo por dia.
a Petrobras deverá entregar a operação de seus dois poços no prazo de 120 dias. "Vamos buscar uma transferência ordenada, com (pagamento a) um preço justo", afirmou Pastor.
A subsidiária disse que tomará medidas para obter o pagamento da indenização prevista no contrato.
A Petrobras Argentina deve continuar no Equador por meio das ações do oleoduto mantido em parceria com a Sociedad Oleoducto de Crudos Pesados S.A.
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