O argumento do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de que a maioria dos homens brasileiros já engravidou "a namoradinha" foi definido pelo senador Marcello Crivella (PRB-RJ) como desqualificado e impossível de ser superado por ser uma completa sandice. Em discurso realizado, nesta sexta-feira, na tribuna do Senado, Crivella disse que o momento vivido pelo país não favorece esse tipo de raciocínio.
- Namoradinha... a que situação humilhante se reduz a alma feminina em plena 'Era Dilma', sobre a qual repousa a sagrada missão de sintetizar na sua personalidade as resistências morais e de caráter da mulher brasileira - lastimou Crivella em seu discurso.
Ele reconheceu que o Brasil vive um momento de expansão das paixões, o que considera inevitável no processo da evolução social da nação. Admitiu que enfrenta-se um tempo de violência, de aumento do consumo de álcool e drogas, da gravidez na adolescência e do afastamento de Deus, num Rio de Janeiro com 400 mil crimes registrados por ano. Mas enfatizou que não cabe aos políticos se conformar, mas ousar sonhar.
- A nós cabe mostrar que somos capazes de guardar fidelidade aos valores morais de nossos pais e às virtudes autênticas de nossa tradição de nobreza e dignidade cristã, e não nos tornar um povo que perde a sua consciência humana e social e se transforma em inexpressivo ajuntamento de pessoas, sem história, sem beleza, sem dignidade e sem bravura.
Sérgio Cabral mencionou a gravidez na adolescência quando se encontrava em São Paulo e criticou a Lei do Aborto, defendendo a descriminalização dessa prática. "Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?", indagou Sérgio Cabral, ao comentar que clínicas ilegais de aborto são comuns em todo o país. Ele também condenou a falta de discussão sobre o tema.(Agência Senado)
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