Dos 12 chefes de Estado que já confirmaram presença na posse da presidente eleita Dilma Rousseff, no sábado (1°), oito são da América do Sul. A grande participação de delegações de nações vizinhas confirma a tendência de crescente aproximação do Brasil com os países da região, verificada principalmente durante os oito anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, será a grande ausência entre os representantes dos países vizinhos. O governo argentino anunciou ao Itamaraty que Cristina optou - dois meses após a morte de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner - por passar as festas de final de ano junto a familiares em sua residência de Río Gallegos, na província de Santa Cruz. Ela será representada na posse pelo ministro argentino de Relações Exteriores, Héctor Timerman.
Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, anunciaram conjuntamente a sua participação na posse da nova presidente brasileira há dois dias, em Caracas. Morales esteve na Venezuela para acompanhar a entrega de ajuda humanitária às vítimas das fortes chuvas que afetaram esse país, segundo a Agência Brasil. Na ocasião, Chávez afirmou que a posse de Dilma "garante a continuidade da dinâmica progressista na América do Sul".
Também estará na capital brasileira o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, outro representante dos partidos de esquerda sul-americanos, assim como o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Mas não só os esquerdistas apoiam Dilma. Ainda confirmaram presença na posse presidentes ligados a diversas correntes políticas, como Sebastián Piñera, do Chile; Alan García, do Peru; Juan Manuel Santos, da Colômbia; e Desiré Bouterse, do Suriname.
Os quatro outros chefes de Estado que estarão em Brasília são os presidentes de El Salvador, Maurício Funes; da Guatemala, Álvaro Colom; da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas; e da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá.
Estados Unidos
A representante de Washington na cerimônia será a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. A presença de Hillary vem sendo interpretada como uma possibilidade de reaproximação entre Brasil e Estados Unidos. Na terça-feira (27), ao fazer uma avaliação dos resultados da política externa durante seu governo, o presidente Lula lamentou que a eleição do presidente norte-americano Barack Obama não tenha garantido um novo impulso às relações dos Estados Unidos com os demais países do hemisfério.
- Não mudou nada a visão dos Estados Unidos sobre a América Latina, e vejo isso com tristeza - disse Lula durante entrevista coletiva.
Entre os demais convidados que já confirmaram participação na cerimônia de posse estão o príncipe D. Felipe de Bourbon, representando a Espanha, e dez primeiros ministros. Entre eles, José Sócrates, de Portugal; Souleymane Ndéné Ndiaye, do Senegal; Kim Hwang-sik, da Coreia do Sul; e Boyco Borissov, da Bulgária, terra dos antepassados de Dilma Rousseff.
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