Sistema é complexo e requer investimentos para ampliar cobertura de satélites e radares
O governo quer implementar um sistema nacional de prevenção e alerta contra desastres naturais a partir do cruzamento de dados meteorológicos e mapeamento das áreas de risco. O sistema, porém, é complexo e só deverá estar em total funcionamento em quatro anos.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff encarregou os ministros da Integração, Fernando Bezerra; da Defesa, Nélson Jobim; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e da Saúde, Alexandre Padilha, de melhorar a capacidade de resposta aos desastres naturais.
Para o sistema de prevenção funcionar, o país precisará finalizar a identificação de todas as áreas de risco e ampliar a cobertura de satélites, radares e equipamentos medidores de chuva.
O Brasil tem cerca de 300 áreas sujeitas a inundações e 500 áreas de risco de deslizamentos, onde moram 5 milhões de pessoas. Mas só Rio, São Paulo e Santa Catarina têm algum detalhamento dessas áreas.
Seis horas
Segundo Mercadante, o ideal é que o sistema consiga avisar as pessoas nessas regiões com uma antecedência de pelo menos seis horas.
Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais recebeu há um mês um novo supercomputador que permitirá a diminuição das áreas climáticas mapeadas dos atuais 20 quilômetros quadrados para 5 quilômetros quadrados e uma previsão mais precisa.
Para o detalhamento das áreas de risco, serão precisos mais satélites, radares e pluviômetros, que medem a quantidade de chuvas. A meta é ter uma rede integrada de radares, incluindo os usados apenas pela Aeronáutica.
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