Os novos deputados da bancada do PDT decidiram esperar mais alguns dias antes de declarar apoio à candidatura de Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara. Após mais de duas horas de reunião na tarde desta quarta-feira (12/1), os parlamentares resolveram aguardar para ouvir as propostas de outros candidatos que já se apresentaram às lideranças do partido.
“A tendência é apoiar o Marco Maia, mas, como nem todos os deputados da bancada estavam aqui, decidimos não decidir hoje. A gente acha que esse jogo está começando agora, alguns colegas já nos procuraram apresentando candidaturas avulsas e achamos prudente esperar um pouco mais”, disse o líder do PDT na Casa, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP).
Ainda segundo ele, o partido está negociando cargos na Mesa Diretora da Casa, mas isso não influenciará a tendência de apoio à candidatura petista. “Não significa que não queremos [um lugar na Mesa Diretora da Casa], mas não estamos impondo nenhuma condição.”
Eles querem que o valor suba para R$ 580, além de uma correção de 6,47% na tabela do Imposto de Renda e 10% de reajuste para os aposentados. Caso a presidenta não dê uma resposta sobre a correção do IR até segunda-feira, Paulinho disse que as centrais devem entrar com um “enxurrada” de ações judiciais sobre o assunto.
“Quem coloca a corda no pescoço dos trabalhadores é ela. À medida que ela não corrige a tabela, quem não teve aumento vai pagar mais imposto. Isso, na nossa opinião, é confisco do salário”, disse o deputado. Para ele, a presidenta também errou ao colocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para negociar o aumento do mínimo. Segundo Paulinho, o ministro “não tem jeito” para tratar do assunto e não é bem visto entre os sindicalistas.
Sobre o acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o reajuste do salário mínimo obedecesse a regra de somar a inflação do ano mais o Produto Interno Bruto (PIB) do país de dois anos antes, o deputado disse que ele não foi votado como lei e que deveria ter passado por uma revisão. Segundo ele, desde o início estava previsto que o acerto seria revisado a cada quatro anos, o que coincide justamente com este momento.
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