quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Espanha registra em janeiro quase 131 mil novos desempregados

A Espanha registrou em janeiro 130.930 novos desempregados com relação ao mês anterior, totalizando 4 milhões 231 mil pessoas sem postos de trabalho, informou hoje aqui o Ministério de Trabalho e Imigração.

O número de desempregados inscritos em janeiro nos escritórios do Serviço Público de Emprego é 3,19 por cento superior ao certificado no último mês de 2010, afirmou a fonte.

Nos últimos 12 meses, o desemprego neste país europeu aumentou em 182.510 pessoas (4,51 por cento).

Por setores econômicos, a desocupação em janeiro subiu com particular força em serviços (105.080 pessoas), agricultura (2.290), indústria (8.266) e na construção (5.275).

A secretária de Estado de Emprego, Mari Luz Rodríguez, considerou nesta quarta-feira que embora o dado seja ruim, "pouco a pouco" se está chegando ao final do ajuste no mercado trabalhista provocado pela crise econômica.

Na sua opinião, o ritmo de destruição de emprego está baixando de maneira clara e paulatina.

Exemplificou que em janeiro de 2009, a cifra de desempregados subiu em 189 mil pessoas e no mesmo período de 2008, o fez em 132 mil.

Para Rodríguez, o aumento do desemprego encontra-se atualmente nos mesmos valores que nos anos de bonança econômica.

Destacou também que a desocupação tende a crescer durante o primeiro mês de todos os anos pelo fim dos contratos temporários da campanha de Natal no setor dos serviços e no comércio.

Segundo cifras difundidas na sexta-feira passada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a Espanha fechou 2010 com 4 milhões 696 mil 600 trabalhadores na rua, cerca de 20,33 por cento da população economicamente ativa.

Dessa maneira, a nação ibérica certificou 370.100 desempregados a mais que em 2009, assinalou a Pesquisa de População Ativa elaborada pelo INE.

Trata-se, também, da taxa de desocupação mais alta desde o segundo trimestre de 1997, quando atingiu 20,72 por cento, destacou o organismo estatístico.

O presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, reconheceu na segunda-feira passada que o país levará tempo para reduzir sua elevada taxa de desemprego.

Esta situação não vai mudar de um dia para outro e demoraremos a recuperar todos os postos de trabalho destruídos durante a crise econômica, prognosticou o chefe do Executivo em uma entrevista com a Televisão Espanhola.

Rodríguez Zapatero indicou que se continuar a progressão da economia, esta nação europeia começará a criar emprego a partir da segunda metade do ano, ainda que de maneira moderada.

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