Enfrentar filas, mostrar a carteira de identidade, preencher ficha e até passar por uma pequena sabatina.
É essa a via-crúcis que maiores de 60 anos e deficientes físicos têm de enfrentar para ter o direito de usar de graça os banheiros das rodoviárias paulistanas.
A Folha foi nos três terminais da cidade, todos administrados pela empresa Socicam, e encontrou procedimentos distintos para franquear a entrada de idosos e deficientes nos banheiros.
Os demais usuários pagam R$ 1,50 -crianças de até seis anos entram de graça, mas não preenchem a ficha porque entram por porta lateral.
No terminal do Tietê (zona norte), o principal da cidade, os idosos pegam a mesma fila do banheiro que os usuários comuns, mas depois têm de apresentar a identidade, preencher uma ficha com nome, RG e assinar.
A aposentada Neuza Cristino Diogo, 69, criticou a burocracia. “Muitos já não enxergam, têm dificuldades motoras para escrever. Sozinha, a funcionária não consegue ajudar”, disse.
Deficientes -com exceção dos cadeirantes, que entram pelo lado- também são submetidos ao procedimento.
“É a primeira vez na vida que preencho uma ficha para usar o banheiro”, reclamou o carioca Valci Gonçalves Faria, 59, que tem deficiência nas pernas e usa muleta.
BANHEIRO “B”
O terminal do Tietê tem outro banheiro, gratuito, mas afastado de onde os passageiros costumam se concentrar. Durante a visita da reportagem, o sanitário “B” estava com forte odor de urina e não tinha papel-toalha.
Já na Barra Funda (zona oeste), o preenchimento da ficha pelos idosos ocorre no balcão de informações. Lá, o funcionário, que também responde a perguntas e vende cartões telefônicos, dá um passe livre para o usuário.
O resultado é uma longa espera. “Minha mãe, de 72 anos, demorou 20 minutos”, relatou Ruth Ramalho, 44.
Os deficientes não precisam preencher a ficha, já que as cabines com acessibilidade ficam antes das catracas.
O sanitário gratuito mais próximo fica na estação Barra Funda do metrô, distante cinco minutos de caminhada.
No Jabaquara (zona sul), o acesso ao sanitário principal é feito por duas escadas e, por isso, o local não recebe deficientes -eles têm de ir a uma área “exclusiva para funcionários do terminal”.
Já os idosos têm de aguardar que uma ficha seja preenchida pelos funcionários.( a reportagem é da Folha)
É essa a via-crúcis que maiores de 60 anos e deficientes físicos têm de enfrentar para ter o direito de usar de graça os banheiros das rodoviárias paulistanas.
A Folha foi nos três terminais da cidade, todos administrados pela empresa Socicam, e encontrou procedimentos distintos para franquear a entrada de idosos e deficientes nos banheiros.
Os demais usuários pagam R$ 1,50 -crianças de até seis anos entram de graça, mas não preenchem a ficha porque entram por porta lateral.
No terminal do Tietê (zona norte), o principal da cidade, os idosos pegam a mesma fila do banheiro que os usuários comuns, mas depois têm de apresentar a identidade, preencher uma ficha com nome, RG e assinar.
A aposentada Neuza Cristino Diogo, 69, criticou a burocracia. “Muitos já não enxergam, têm dificuldades motoras para escrever. Sozinha, a funcionária não consegue ajudar”, disse.
Deficientes -com exceção dos cadeirantes, que entram pelo lado- também são submetidos ao procedimento.
“É a primeira vez na vida que preencho uma ficha para usar o banheiro”, reclamou o carioca Valci Gonçalves Faria, 59, que tem deficiência nas pernas e usa muleta.
BANHEIRO “B”
O terminal do Tietê tem outro banheiro, gratuito, mas afastado de onde os passageiros costumam se concentrar. Durante a visita da reportagem, o sanitário “B” estava com forte odor de urina e não tinha papel-toalha.
Já na Barra Funda (zona oeste), o preenchimento da ficha pelos idosos ocorre no balcão de informações. Lá, o funcionário, que também responde a perguntas e vende cartões telefônicos, dá um passe livre para o usuário.
O resultado é uma longa espera. “Minha mãe, de 72 anos, demorou 20 minutos”, relatou Ruth Ramalho, 44.
Os deficientes não precisam preencher a ficha, já que as cabines com acessibilidade ficam antes das catracas.
O sanitário gratuito mais próximo fica na estação Barra Funda do metrô, distante cinco minutos de caminhada.
No Jabaquara (zona sul), o acesso ao sanitário principal é feito por duas escadas e, por isso, o local não recebe deficientes -eles têm de ir a uma área “exclusiva para funcionários do terminal”.
Já os idosos têm de aguardar que uma ficha seja preenchida pelos funcionários.( a reportagem é da Folha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário