Diretor-geral é general e comandou área de engenharia do Exército.
Diretor-executivo fez parte da tropa brasileira em missão de paz no Haiti.
Diretor-executivo fez parte da tropa brasileira em missão de paz no Haiti.
A nova diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), indicada nesta quinta-feira (4) pela presidente Dilma Rousseff, será comandada por militares. O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe será o novo diretor-geral e o militar da reserva e auditor da Controladoria-Geral da União (CGU) Tarcísio Gomes de Freitas ocupará a diretoria executiva.
O órgão foi o pivô das denúncias de superfaturamento de obras que levaram à demissão de mais de 20 pessoas no Ministério dos Transportes, no último mês, inclusive do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR) e do então diretor-geral do Dnit Luiz Antonio Pagot na diretoria-geral, que negaram envolvimento nas irregularidades. Os sete nomes indicados pela presidente ainda terão de ser sabatinados pelo Senado Federal.
Os currículos dos escolhidos revelam preocupação com a formação técnica e com a fiscalização das atividades do Dnit.
Jorge Fraxe, promovido a general em abril de 2010, ocupa a diretoria de Obras e Cooperação do Exército. Antes disso, comandou o 1º Grupamento de Engenharia. O Exército frequentemente faz parcerias com o governo federal para tocar empreendimentos rodoviários.
Para a diretoria-executiva, Dilma indicou o responsável pela sindicância da CGU que apura as denúncias de irregularidades no órgão. Tarcísio Gomes de Freitas tem 36 anos e também veio dos tradicionais quadros de engenharia do Exército. Entre 2005 e 2006, participou Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), na Companhia de Engenharia.
Formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), Freitas é pós-graduado em gerenciamento de projetos pela Fundação Getúlio Vagas (FGV) e, desde 2008, é analista de finanças e controle da CGU. Em março deste ano, assumiu a coordenação geral de auditoria da área de transportes do órgão e foi designado para chefiar as investigações de superfaturamento.
O critério técnico aparece também nas escolhas para o comando das outras cinco diretorias do Dnit. As diretorias de Infraestrutura Rodoviária e Planejamento e Pesquisa também devem ser ocupadas por profissionais que fizeram carreira na área de transportes.
Roger da Silva Pêgas e José Florentino Caixeta são egressos do Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito Federal (DER). Pêgas também trabalhou no Ministério do Planejamento, e Caixeta foi colega do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, no antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
“Eu tenho 40 anos de experiência na área de transportes. Paulo e eu trabalhamos juntos na década de 80. Eu tinha uma relação muito boa, muito prática com ele”, afirmou Caixeta.
Indagado sobre o desafio de integrar a diretoria de um órgão com suspeitas de denúncias, ele disse se considerar uma pessoa “privilegiada” por ser indicado para uma diretoria que não teve “grandes problemas” com irregularidades.
“Quando surgiram as denúncias, eu dizia que era preciso escolher a dedo o pessoal para por lá e arrumar essas coisas. Problemas, eu admito que tem, mas há muita especulação também. Eu comecei meu trabalho no antigo DNER me dedicando a transformar aquilo no mais importante do sistema e vou continuar assim”, disse o indicado para o Dnit.
O indicado para assumir a área de Administração e Finanças, Paulo de Tarso Cancela Campolina de Oliveira, trabalhou no Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro, e foi eleito responsável pelo processo de liquidação do Banco do Estado do Rio de Janeiro.
Também foram sugeridos os servidores de carreira do Ministério dos Transportes para as diretorias de Infraestrutura Aquaviária e Ferroviária, respectivamente Adão Magnus Marcondes Proença e Mário Dirani.(G1)
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