Áudios mostram que Cachoeira sabia de operação da PF na véspera, diz programa
De acordo com o programa, o delegado federal Fernando Byron, que também foi preso pela operação, disse a Cachoeira que uma ação ocorreria em Brasília.
Depois, a PF conseguiu despistar o delegado. Os áudios exibidos pelo programa mostram que o delegado sabia de uma operação, mas que não teria relação com o bicheiro.
“Não tem nada a ver com a gente”, disse o delegado em telefonema com Cachoeira.
“Fui convocado para uma operação. O destino é Brasília, né? Tá levando a superintendência todinha. A maioria dos delegados, acho que vai sobrar uns pouquinhos, e as... praticamente todos os agentes, escrivães... é uma porrada de gente. Não tem nada a ver com a gente. Um serviço lá em Brasília. Pode ficar tranqüilo”, diz Byron, segundo áudio exibido pelo programa.
Cachoeira, então, faz um pedido ao delegado: “À noite, se puder me avisar o que é, me fala”.
O bicheiro aciona o ex-sargento Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, para tentar buscar informações sobre a operação. “Vai ter um negócio aí em Brasília amanhã. [...]
O pessoal de Goiânia ta indo todo mundo pra aí. Vê o que que é, o assunto”, diz Cachoeira ao auxiliar.
O programa divulgou ainda um áudio em que Lenine Sousa, integrante do grupo de Cachoeira, traça plano para fugirna manhã em que a operação foi deflagrada, no dia 29 de fevereiro.
“Vamo embora daqui. Rápido, rápido, rápido. Acho que a política tá vindo aí. Qualquer coisa, eu já vazei”, diz Lenine na ligação a um interlocutor não revelado. Ele conseguiu fugir, mas se entregou à polícia 14 dias depois, segundo o programa.
Uma CPI investiga o suposto esquema de Carlinhos Cachoeira para apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do bicheiro.
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