Governo flexibiliza barreiras contra captações de recursos fora do país
Preocupado com US$ 27,3 bilhões em dívidas de empresas brasileiras no exterior — que vencem entre junho e dezembro deste ano —, o governo começou a flexibilizar as barreiras contra as captações de recursos fora do país. Se o diagnóstico do Banco Central se confirmar, de que as linhas externas irão secar neste segundo semestre, os empresários terão que buscar outras fontes de recursos para conseguir quitar ou rolar a fatura. Em um cenário extremo o BC pode voltar a dar uma linha de crédito especial com as reservas cambiais, a exemplo do que fez em 2009. Para evitar ainda uma crise de confiança — no caso de a Grécia abandonar o euro ou de haver quebra de bancos no Velho Continente — o Brasil decidiu ainda associar-se formalmente aos países que formam a sigla Brics (além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A ideia é juntar os US$ 4,5 trilhões em reservas dessas nações para fazer frente a qualquer problema de balanço de pagamentos.
A intenção é criar um mecanismo de defesa, uma espécie de seguro, para momentos de falta de liquidez e crédito. O receio do grupo é de que o agravamento da situação na Europa leve economias emergentes a uma crise de balanço de pagamentos. No Brasil, o problema pode ocorrer, na visão de especialistas, se os preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) desabarem e ainda se houver uma brusca interrupção do ingresso de capital estrangeiro, principalmente o destinado ao setor produtivo. Nesse cenário, o dólar iria à casa dos R$ 3 pressionando fortemente a inflação. “Uma crise em balanço de pagamentos é algo que não vislumbramos. Um cenário desses, no qual precisaríamos de recursos de outros países, seria o de uma crise extremamente severa”, argumenta Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC. “Essa união com os Brics para troca de reservas me parece um seguro, daqueles que você faz sem a intenção de usar, apenas para garantir”, explica.
Preocupado com US$ 27,3 bilhões em dívidas de empresas brasileiras no exterior — que vencem entre junho e dezembro deste ano —, o governo começou a flexibilizar as barreiras contra as captações de recursos fora do país. Se o diagnóstico do Banco Central se confirmar, de que as linhas externas irão secar neste segundo semestre, os empresários terão que buscar outras fontes de recursos para conseguir quitar ou rolar a fatura. Em um cenário extremo o BC pode voltar a dar uma linha de crédito especial com as reservas cambiais, a exemplo do que fez em 2009. Para evitar ainda uma crise de confiança — no caso de a Grécia abandonar o euro ou de haver quebra de bancos no Velho Continente — o Brasil decidiu ainda associar-se formalmente aos países que formam a sigla Brics (além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A ideia é juntar os US$ 4,5 trilhões em reservas dessas nações para fazer frente a qualquer problema de balanço de pagamentos.
A intenção é criar um mecanismo de defesa, uma espécie de seguro, para momentos de falta de liquidez e crédito. O receio do grupo é de que o agravamento da situação na Europa leve economias emergentes a uma crise de balanço de pagamentos. No Brasil, o problema pode ocorrer, na visão de especialistas, se os preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) desabarem e ainda se houver uma brusca interrupção do ingresso de capital estrangeiro, principalmente o destinado ao setor produtivo. Nesse cenário, o dólar iria à casa dos R$ 3 pressionando fortemente a inflação. “Uma crise em balanço de pagamentos é algo que não vislumbramos. Um cenário desses, no qual precisaríamos de recursos de outros países, seria o de uma crise extremamente severa”, argumenta Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC. “Essa união com os Brics para troca de reservas me parece um seguro, daqueles que você faz sem a intenção de usar, apenas para garantir”, explica.
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