domingo, julho 29, 2012

Greve faz com que mercadorias fiquem encalhadas em Porto Seco de Anápolis

Greve faz com que mercadorias fiquem encalhadas em Porto Seco de Anápolis


Com a fiscalização desarticulada pelas greves, US$ 80 milhões em mercadorias estão paradas. Remédios sem liberação preocupam


Falta espaço para armazenar produtos. Anvisa quer que importadores se responsabilizem pelas cargas


A greve dos servidores públicos federais está custando caro ao país. Só no Porto Seco localizado em Anápolis (GO), o maior do Centro-Oeste, existem mais de US$ 80 milhões em mercadorias estagnados. Entre os bens encalhados estão insumos destinados à indústria — desde metalúrgica à de veículos. Mas o setor mais afetado pelas paralisações é, disparado, o farmacêutico, que depende de liberação de documentos de importação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Receita Federal. Ambos os órgãos


Estão com operação reduzida há 20 dias em prol da campanha salarial de 2012. Segundo o diretor-superintendente do Porto Seco goiano, Edson Tavares, aproximadamente 720 toneladas de medicamentos lotam os galpões por falta de análise técnica da agência e do Fisco. Ele destaca que a situação mais preocupante é a dos remédios controlados, para os quais já faltam locais para armazenagem. Um dos galpões destinados a esse tipo de fármaco abriga 95 toneladas de produtos enquanto a capacidade é, em média, de 57 toneladas. “Não temos mais onde estocá-los. Os dois carregamentos de remédios que chegaram no início da semana só podem ser guardados até hoje (ontem) e, ainda sim, em um espaço alternativo”, disse o diretor.

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