Leilões devem dominar o mercado esta semana

Leilões devem dominar o mercado esta semana

Após ver sua meta de segurar a cotação do dólar acima de R$ 2,00 em risco, Banco Central (BC) deve voltar com força total no próximo pregão para bater de frente com especulação do mercado.


O anúncio do Federal Reserve de que vai comprar US$ 40 bilhões em títulos hipotecários por mês gerou um forte movimento especulativo no câmbio.

Vislumbrando o capital que ainda deve entrar no país, proveniente da operação do BC americano, os investidores já anteciparam suas vendas de dólares, o que levou o BC brasileiro a realizar dois leilões de swap cambial reverso nesta sexta-feira (14/9), operação que corresponde a uma compra de moedas no mercado futuro.

Ainda que a primeira operação tenha sido bem sucedida, com a venda de US$ 1,783 bilhão, em 35,7 mil contratos, de 36 mil ofertados, ela não foi suficiente para mudar a trajetória declinante na qual o dólar se encontra.

A segunda, entretanto, mostrou que o excesso de dólares que, em tese, seria a causa da queda na cotação da divisa, não existe no mercado cambial doméstico.

Dos 70 mil ofertados na segunda operação promovida pela autoridade, meros 10% foram vendidos, ou 7,4 mil, que geraram um volume de US$ 370,6 milhões.

Logo após o segundo leilão, o dólar chegou a esboçar uma reversão para o campo positivo, quando bateu na máxima de R$ 2,020, mas na queda de braço entre agentes e governo, os primeiros levaram a melhor desta vez.

Bom saber...

A intensificação dos leilões de swap reverso, a adoção do leilão à vista, e a elevação ou criação de impostos, aparecem no leque de opções do BC.