segunda-feira, novembro 19, 2012

Marco civil da internet e o fim do fator previdenciário são destaques da Câmara esta semana

 Marco civil da internet e o fim do fator previdenciário são destaques da Câmara esta semana


Nesta segunda-feira (19), a primeira vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES) defendeu a votação da proposta. “Precisou a Carolina Dieckman ter um problema [ela teve fotos pessoais roubadas de seu computador e disseminadas na internet] para que nós votássemos uma matéria tão importante”, lamentou, referindo-se à votação, no último dia 7 de novembro, do PL 84/99, que inclui no Código Penal novos crimes, como o uso de dados de cartões de crédito sem autorização. A proposta estava em tramitação na Câmara havia 13 anos.

Sobre a falta de acordo em torno do marco civil, Rose de Freitas lembrou que a matéria não tem consenso nem na sociedade.

 
O relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), defende em seu texto a permanência do conceito de neutralidade da rede, que pretende garantir a inexistência de privilégios na transmissão dos dados, independentemente de conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo.
Segundo o relator, pressões dos provedores de conexão têm impedido o consenso em torno do texto. Os provedores são contra o princípio da neutralidade. Além disso, estariam insatisfeitos com a proibição de guardar os registros da navegação dos usuários de internet.

A neutralidade de rede, de acordo com o relator, vai impedir que os provedores façam distinção de velocidade entre um ou outro site ou aplicativo. Alguns deputados, no entanto, manifestaram-se contra a neutralidade e defenderam a possibilidade de o provedor dar preferência, na transmissão de dados, para o consumidor que pagar mais.

Outro projeto que pode ser votado em sessões extraordinárias é o PL 3299/08, do Senado, que acaba com o fator previdenciário, incidente nas aposentadorias do setor privado.
 
O fator foi criado em 1999 com o objetivo de desestimular a aposentadoria precoce por meio de um cálculo que diminui o valor dos proventos para aqueles que se aposentam mais cedo. Entretanto, até mesmo o governo admite que o mecanismo não surtiu o efeito esperado porque a média de idade dos recém-aposentados não aumentou.

A matéria conta com substitutivo de autoria do atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Ele propôs a fórmula 95/85, segundo a qual a aposentadoria sem cortes ocorreria quando a soma da idade e dos anos de contribuição do segurado atingisse 95. No caso das mulheres, 85.
A mudança ainda provoca controvérsia dentro do governo, que teme consequências de possíveis processos na Justiça pedindo equiparação com a nova regra para as aposentadorias já concedidas.(Câmara dos Deputados)

 
 

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