Metade dos presos das penitenciárias federais mantém contato virtual com parentes, cônjuges e amigos, revela levantamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Parceria entre o Depen e a Defensoria Pública da União (DPU), a iniciativa permite que os detidos nas quatro cadeias federais mantenham contato com mundo exterior, ainda que de forma virtual, com o objetivo de alimentar vínculos afetivos e facilitar a ressocialização. O projeto também serve para a realização de audiências judiciais por videoconferência, que já superam em número as audiências presenciais.
No ano passado, 232 presos de um total de 446 (52% do total, portanto) realizaram 870 contatos virtuais com 2.215 familiares. A maior parte dos contatos ocorre em Campo Grande e Porto Velho. Estão recolhidos em estabelecimentos federais de segurança máxima presos de alta periculosidade para a segurança pública.
Durante a visita virtual, o preso permanece com algemas nos tornozelos, acompanhado por um agente penitenciário — que não deve aparecer nas imagens. "O projeto da visita virtual humaniza o cumprimento da pena. O deslocamento dos presos federais para estados diversos dificulta o contato com a família", avalia o defensor público-geral federal Haman Córdova.
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