Afinal, qual é a real inflação no Brasil ?
'Inflação individual' pode ser bem mais alta que a média calculada pelo IBGE.
Em São Paulo os consumidores denunciam que há lugares que cobram R$ 12 por uma água mineral ou mais de R$ 40 por um milkshake, ingressos de shows a R$ 2 mil e um restaurante que teria aumentado em 40% seus preços da noite para o dia.
No Rio, associações de moradores e consumidores já vêm manifestando há algum tempo a preocupação com a alta "exagerada" dos preços de itens como aluguel e alimentação em função da Copa e Olimpíada.
Até a Embratur classificou as tarifas hoteleiras das capitais brasileiras (que subiram para um patamar 70% acima do valor cobrado na Copa da Alemanha) como "fora do razoável" - ou fora do "bom senso", nas palavras do ministro do Turismo, Gastão Vieira.
Nos últimos 12 meses, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE acumulou alta de 6,59%, estourando o teto da meta do Conselho Monetário Nacional (de 6,5%).
De acordo com o IBGE o item 'alimentação fora de casa' - cresceu 10,31% nos últimos 12 meses. Os preços do aluguel subiram cerca de 10%, dos serviços de beleza, como manicure, 11,73% e dos custos com empregadas domésticas, 12% - quase o dobro da inflação.
O índice de inflação da FGV indica que quem tem filhos na escola teve de arcar com um aumento médio de 9,94% na mensalidade e 10,45% em cursos extra-curriculares, como inglês e música. Além disso, o fato de esse cálculo também ser uma média significa que, para cada curso que deixou de reajustar seus preços, pode haver outro cujo aumento foi de mais de 20%.
A cerveja também subiu 13% em média - o que parece ajudar a explicar algumas das reclamações sobre bares.
Afinal, qual é a real inflação no Brasil ?
(com informações do IBGE e BBC)
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