Capital do país tem 132 paróquias, entre as quais há muitas desigualdades. As menores arrecadações estão na Fercal e na Estrutural. A ausência de gestão profissional e a tentação de quem lida com os recursos facilitam desvios.
Somente na capital do país, em média, cada um dos 132 templos católicos arrecada, por mês, cerca de R$ 15 mil com ofertas e dízimos, totalizando quase R$ 2 milhões. Em áreas pobres, como a Fercal e a Estrutural, o montante mensal não passa de R$ 6 mil, insuficiente para bancar as despesas e ainda construir a casa dos padres. Em lugares mais nobres, como nos lagos Norte e Sul, onde existe toda uma estrutura paroquial consolidada, a arrecadação mensal chega a R$ 70 mil.
Como ponto fora da curva, uma igreja de Taguatinga busca sustentar uma receita mensal na casa dos três dígitos. Nas periferias, embora o volume de ofertas seja bem inferior, um número maior de fiéis contribui, e com mais frequência. “A classe média está endividada e só doa o que sobra do orçamento. O pobre dá o que lhe é parte”, compara um frade conventual, lembrando a passagem bíblica em que uma viúva pobre entrega as duas únicas moedas de cobre que tinha e recebe os elogios de Jesus.
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