Falhou na noite desta terça-feira uma manobra do governo para tentar aprovar, em regime de urgência, o nome do senador Gim Argello (PTB-DF) para ocupar uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Sob protestos de servidores do tribunal, que acusam Argello de não ter boa reputação para ocupar um lugar na Corte, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que o processo de indicação do parlamentar seria apreciado em regime de urgência. Mas um pedido de verificação de quórum derrubou a estratégia governista: por 25 votos a 24, a urgência na indicação foi rejeitada. Com isso, Argello terá de enfrentar o trâmite normal para indicações, sendo sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e submetido ao aval do plenário. A manobra para evitar a sabatina tinha um objetivo claro: Argello responde a diversos processos no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de crime contra a Lei de Licitações, crime eleitoral, peculato, crime contra a administração pública, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele chegou ao Senado como suplente e assumiu a vaga de Joaquim Roriz, que renunciou para fugir da cassação.
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