A presidente da Petrobras, Graça Foster, comparecerá na próxima terça-feira à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para explicar denúncias de irregularidades na estatal. A audiência foi marcada nesta quinta, oficialmente a pedido da própria Graça Foster. Há três dias, a ida dela ao Congresso havia sido adiada por tempo indeterminado.
Originalmente, o depoimento estava marcado para esta semana – assim como o do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Mas, com o surgimento de um pedido de CPI para investigar o caso, a decisão do governo foi recuar para evitar uma dupla exposição – primeiro na CAE, depois na Comissão Parlamentar de Inquérito. Por isso, o cancelamento.
Agora, com as incertezas sobre a instalação da CPI – uma manobra do governo levou o embate para o Supremo Tribunal Federal –, o Planalto voltou a considerar interessante a ida de Graça Foster ao Congresso. Assim fica mais fácil adotar o discurso de que as questões principais já foram respondidas pela presidente da empresa petrolífera, o que pode ajudar a esvaziar o ímpeto dos que defendem a CPI na própria base governista.
O principal foco da oposição é apurar a operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O 1,18 bilhão de dólares pago está muito acima do valor real da unidade. Também há denúncias de que funcionários da Petrobras receberam propina da holandesa SMB Offshore.
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