Água, lúpulo, malte e fermento. São esses os ingredientes básicos para produzir cerveja e ter autorização para vendê-la no Brasil. Desde que a produção de cerveja se estabeleceu por aqui, a partir do século XIX, é essa a receita da cerveja, com poucas variações, como adicionar pequenas doses de suco de frutas. Por causa dessa fidelidade à fórmula tradicional, a legislação brasileira sobre cerveja só é menos restritiva que na Alemanha. “A legislação brasileira é muito antiga e praticamente não mudou”, diz Alfredo Ferreira, diretor do Instituto da Cerveja. Na Alemanha, o país cervejeiro por excelência, vigora a Lei da Pureza da Cerveja (Reinheitsgebot, em alemão). Promulgada em 1516 pelo duque Guilherme IV da Baviera, ela estabeleceu que os únicos ingredientes da cerveja deveriam ser água, lúpulo e malte de cerveja (na época, não se conhecia ainda a levedura da cerveja).
No Brasil, essa tradição está prestes a sofrer sua maior mudança. No início deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento colocou em consulta pública a proposta brasileira para os novos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dos produtos de cervejaria no Mercosul. Adotados os novos padrões, os consumidores poderão passar a comprar cervejas com novos ingredientes, como pedaços de frutas, temperos, especiarias e produtos de origem animal, como leite, mel ou bacon. Nos bastidores, a proposta já foi amarrada com os outros países do Mercosul e deverá ser aprovada sem grandes ajustes ou demora até 2015.
A entrada em vigor dos novos padrões significará, para o Brasil, a possibilidade de embarcar na revolução cervejeira, movimento que tem mudado, nos últimos dez anos, o mercado de cervejas no mundo. O brasileiro está acostumado à cerveja pilsen de coloração clara e teor alcoólico baixo – entre 3% e 5%. Sozinha, a modalidade representa 98% do consumo nacional. Mestres cervejeiros dizem que o Brasil tem potencial em matérias-primas para variar esse cardápio e assumir posição de destaque na revolução cervejeira. “Temos coisas que nenhum outro país no mundo tem”, diz Alexandre Bazzo, proprietário da cervejaria Bamberg. “Nosso grande tesouro são as frutas e raízes da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica.”
A revolução cervejeira começou nos Estados Unidos, com o surgimento das microcervejarias artesanais. A partir dos anos 1980, elas passaram a colocar no mercado opções às cervejas americanas, as lagers, consideradas simples demais por ser produzidas em massa pelas grandes indústrias com o uso de ingredientes baratos (como milho e arroz), em substituição ao malte de cevada. A revolução depois ganhou adeptos mesmo em países com grande tradição cervejeira, como a Bélgica. Hoje, as microcervejarias produzem uma variedade enorme de cervejas, com ingredientes tão exóticos como bacon defumado, xarope de bordo, pimenta, sementes de coentro, chocolate e ostras.
Com informações da revista Época
No Brasil, essa tradição está prestes a sofrer sua maior mudança. No início deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento colocou em consulta pública a proposta brasileira para os novos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dos produtos de cervejaria no Mercosul. Adotados os novos padrões, os consumidores poderão passar a comprar cervejas com novos ingredientes, como pedaços de frutas, temperos, especiarias e produtos de origem animal, como leite, mel ou bacon. Nos bastidores, a proposta já foi amarrada com os outros países do Mercosul e deverá ser aprovada sem grandes ajustes ou demora até 2015.
A entrada em vigor dos novos padrões significará, para o Brasil, a possibilidade de embarcar na revolução cervejeira, movimento que tem mudado, nos últimos dez anos, o mercado de cervejas no mundo. O brasileiro está acostumado à cerveja pilsen de coloração clara e teor alcoólico baixo – entre 3% e 5%. Sozinha, a modalidade representa 98% do consumo nacional. Mestres cervejeiros dizem que o Brasil tem potencial em matérias-primas para variar esse cardápio e assumir posição de destaque na revolução cervejeira. “Temos coisas que nenhum outro país no mundo tem”, diz Alexandre Bazzo, proprietário da cervejaria Bamberg. “Nosso grande tesouro são as frutas e raízes da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica.”
A revolução cervejeira começou nos Estados Unidos, com o surgimento das microcervejarias artesanais. A partir dos anos 1980, elas passaram a colocar no mercado opções às cervejas americanas, as lagers, consideradas simples demais por ser produzidas em massa pelas grandes indústrias com o uso de ingredientes baratos (como milho e arroz), em substituição ao malte de cevada. A revolução depois ganhou adeptos mesmo em países com grande tradição cervejeira, como a Bélgica. Hoje, as microcervejarias produzem uma variedade enorme de cervejas, com ingredientes tão exóticos como bacon defumado, xarope de bordo, pimenta, sementes de coentro, chocolate e ostras.
Com informações da revista Época
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