Em cinco meses, a Caixa aprovou R$ 7,72 bilhões em empréstimos ao setor elétrico. Todos eles tiveram intermediação do Ministério da Fazenda. Além da operação com a Celg, a Caixa participou dos empréstimos à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e também à Eletrobrás.
No empréstimo à CCEE, que serviu para socorrer as distribuidoras de energia, sua fatia ficou em R$ 3,32 bilhões. No outro, destinado ao financiamento da Eletrobrás, em R$ 2,5 bilhões.
No empréstimo à CCEE, que serviu para socorrer as distribuidoras de energia, sua fatia ficou em R$ 3,32 bilhões. No outro, destinado ao financiamento da Eletrobrás, em R$ 2,5 bilhões.
Em nota, a Caixa informou que tem linha de crédito para financiar as empresas do setor. "Desde que se enquadrem nas exigências do banco quanto a garantias e retorno, operações deste tipo estão no portfólio", afirmou a instituição.
Fontes da área técnica do Tesouro Nacional informaram ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que a Caixa deve precisar de nova capitalização no próximo ano. O objetivo é dar fôlego financeiro ao banco, pressionado pelos empréstimos bilionários para atender as políticas do governo.
A Caixa também foi usada pelo governo no expediente das "pedaladas fiscais". O banco pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) que instaurasse uma Câmara de Conciliação e Arbitragem para encontrar uma solução. Por meio da manobra, o Tesouro vinha atrasando os repasses ao banco para pagamentos de benefícios sociais, como o seguro-desemprego e o Bolsa Família, desde o fim de 2013. O objetivo era melhorar o resultado das contas públicas.
A ingerência do governo sobre a Caixa tem aumentado nos últimos anos. Toda a operação entre o banco e a Celg só foi possível porque o Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou, em 28 de agosto, o limite para financiamentos das estatais de energia elétrica de R$ 800 milhões para R$ 1,9 bilhão.
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