As divergências entre os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, não se resumem ao montante de cortes no Orçamento para o ajuste fiscal. Segundo fontes do governo, as discordâncias incluem também a desoneração da folha de pagamento das empresas e principalmente as mudanças no cálculo do fator previdenciário aprovadas pela Câmara. Foi por causa destas divergências, e não por conta de uma gripe, que Levy não compareceu à entrevista coletiva convocada para anunciar o contingenciamento, anteontem.
O governo definiu um corte de R$ 69,9 bilhões. Levy queria um valor maior - entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões - enquanto Barbosa defendia um montante menor do que foi anunciado. Mas as discordâncias não param aí.
Há cerca de duas semanas, numa reunião da coordenação política do governo, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a intervir em uma acalorada discussão entre os dois. Segundo relatos, Barbosa, apoiado por outros ministros ligados ao PT, defendeu que caso Dilma decida vetar o novo cálculo previdenciário, que reduz a idade mínima para aposentadoria, crie um mecanismo alternativo que contemple os trabalhadores e ao mesmo tempo mantenha a saúde financeira da Previdência.
Já Levy foi na direção contrária. Para ele o governo deve tentar barrar o projeto no Senado. Em último caso, a presidente deve vetar o novo cálculo, sob risco de comprometer o ajuste fiscal.
O ministro da Fazenda ficou isolado na discussão até que Dilma interveio. “Não vou admitir que vocês façam este debate dessa forma. Quem vai decidir sobre isso sou eu”, disse a presidente, segundo testemunhas.
Com informações do DP
O governo definiu um corte de R$ 69,9 bilhões. Levy queria um valor maior - entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões - enquanto Barbosa defendia um montante menor do que foi anunciado. Mas as discordâncias não param aí.
Há cerca de duas semanas, numa reunião da coordenação política do governo, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a intervir em uma acalorada discussão entre os dois. Segundo relatos, Barbosa, apoiado por outros ministros ligados ao PT, defendeu que caso Dilma decida vetar o novo cálculo previdenciário, que reduz a idade mínima para aposentadoria, crie um mecanismo alternativo que contemple os trabalhadores e ao mesmo tempo mantenha a saúde financeira da Previdência.
Já Levy foi na direção contrária. Para ele o governo deve tentar barrar o projeto no Senado. Em último caso, a presidente deve vetar o novo cálculo, sob risco de comprometer o ajuste fiscal.
O ministro da Fazenda ficou isolado na discussão até que Dilma interveio. “Não vou admitir que vocês façam este debate dessa forma. Quem vai decidir sobre isso sou eu”, disse a presidente, segundo testemunhas.
Com informações do DP
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