sábado, maio 23, 2015

Reino Unido poderá sair da UE

Pesquisa da Grant Thornton realizada em fevereiro com 1.173 líderes de negócios da União Europeia mostrou que eles estão mais otimistas (38%) com a situação econômica do continente do que a média global (33%).
É a primeira vez que isso acontece em 4 anos. O maior nível de otimismo é de 92% na Irlanda, não por acaso a economia que mais cresce no continente. Na Espanha, o otimismo cresceu 30 pontos e chegou a 52%. 
Os empresários da UE consideram que o alto desemprego é a maior ameaça para o bloco, com 25% dos votos, seguido por crescimento baixo (23%) e altos níveis de dívida (20%). 
45% estão preocupados com uma saída da Grécia da zona do euro ("Grexit"), contra 64% que se preocupam com o Reino Unido deixando a União Europeia ("Brexit").
Apenas 30% dos líderes britânicos do mundo dos negócios querem ver mais integração com o resto da Europa, muito abaixo da taxa de países como Espanha (82%), Alemanha (75%), França (62%) e Itália (58%).
UK X UE
A possibilidade de que o Reino Unido saia da União Europeia virou uma possibilidade bem concreta com a reeleição surpreendente do primeiro-ministro britânico David Cameron. Ele promete um referendo sobre o assunto para 2017, e o público está dividido.
A economia britânica é bastante dependente do comércio internacional e da atração de investimento. Sair da UE dispararia negociações não só com o resto do continente mas também com mais de 50 países que tem acordos com o bloco, além de novas tarifas e barreiras. Isso certamente aumentaria a incerteza e os custos no curto prazo, especialmente para setores como o financeiro. 
De acordo com um estudo recente do think tank Open Europe, no melhor cenário, o país consegue não apenas manter o livre comércio com a Europa mas também se abre ainda mais para o resto do mundo. Nesse caso, o PIB seria 1,6% maior em 2030.
O pior cenário é de nenhum acordo com a UE e mais fechamento, o que faria o PIB cair 2,2% até 2030. É isso que tem parecido mais provável, diante da ofensiva de David Cameron contra a imigração - geralmente pelos economistas como positiva no balanço.

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