O governo Dilma Rousseff atrasou por 21 meses, desde que assumiu a Presidência, repasses do Tesouro Nacional para a Caixa realizar o pagamento do seguro-desemprego, deixando o saldo do programa no vermelho.
Essa manobra, chamada de "pedalada fiscal", foi intensificada no ano de 2013 e só interrompida em outubro de 2014, às vésperas de a reeleição ser definida.
O período com saldo negativo é superior ao dos dois presidentes que a antecederam. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) tiveram, inclusive, mais tempo de mandato do que Dilma até aqui.
Nos oito anos de gestão de Lula, as pedaladas com o seguro-desemprego ocorreram em 7 meses. Já nos dois governos do tucano FHC, o saldo do seguro-desemprego ficou negativo na Caixa em seis meses.
Ao todo, o saldo negativo do governo Dilma com a Caixa alcançou R$ 34,2 bilhões em recursos obrigatórios para pagar programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial, entre o início de 2011 e o mês de abril deste ano. Esses atrasos foram cobertos pelo banco, que precisou usar recursos próprios.
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