O dentista norte-americano que matou o leão Cecil há um mês no Zimbábue pagou por uma caçada ilegal e deveria ser extraditado para ser julgado no país africano, disse a ministra do Meio Ambiente zimbabuana, Oppah Muchinguri, nesta sexta-feira.
Em entrevista à imprensa, Oppah se referiu a Walter Palmer, de 55 anos, como um "caçador estrangeiro" e disse ter conhecimento de que o procurador-geral havia iniciado o processo para pedir a extradição aos Estados Unidos.
"Estamos apelando às autoridades responsáveis pela sua extradição ao Zimbábue, para que ele possa ser responsabilizado por sua ação ilegal", disse.
Palmer admitiu ter matado o leão Cecil, de 13 anos, favorito dos turistas estrangeiros e objeto de um estudo da Universidade Oxford, mas disse que havia contratado guias profissionais e acreditava que todas as necessárias licenças de caça estavam em ordem.
Muchinguri também disse que o uso de um arco e flecha para matar o leão, que teria sido atraído com uma isca para fora do Parque Nacional de Hwange e, só então, morto por Palmer, violou a regulamentação da caça do Zimbábue.
Palmer, um caçador de animais selvagens, conseguiu voltar para os Estados Unidos antes de as autoridades do Zimbábue ficarem cientes da controvérsia em torno da morte de Cecil.
"Era tarde demais para deter o caçador estrangeiro porque ele já tinha fugido para seu país", disse Muchinguri.
O assassinato provocou indignação contra Palmer na mídia social nos Estados Unidos. A Casa Branca disse na quinta-feira que iria avaliar uma petição pública de mais de 100 mil assinaturas pela sua extradição.
Reuters
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