O dólar avançava mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, em alta pelo terceiro pregão seguido, refletindo a aversão ao risco nos mercados externos diante de renovadas preocupações com a China, após dados fracos sobre a indústria na segunda maior economia do mundo.
Operadores também continuavam apreensivos com as perspectivas para as contas públicas brasileiras, após o governo enviar ao Congresso na véspera Orçamento prevendo inédito déficit primário no ano que vem.
Às 10h33, o dólar avançava 1,07 por cento, a 3,6658 reais na venda, após encerrar agosto com alta de 5,91 por cento e acumular no ano valorização de 36 por cento.
"Se agosto foi ruim, setembro começa tão mal quanto", escreveu em nota a cliente o operador da corretora SLW João Paulo De Gracia Corrêa.
A atividade no setor industrial da China encolheu à taxa mais forte em ao menos três anos em agosto, mostrou o índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial.
Preocupações com a economia chinesa, referência para investidores em mercados emergentes e importante parceiro comercial do Brasil, têm provocado apreensão nos mercados globais.
No Brasil, o mercado demonstrava cada vez mais nervosismo sobre a perspectiva de perda do selo de bom pagador do país diante da deterioração das contas públicas do país.
Reuters
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