A Justiça italiana autorizou na manhã desta terça-feira a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a doze anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. Ele cumprirá pena pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato.
Pizzolato deixou o país em novembro de 2013 numa fuga hollywoodiana: com o passaporte do irmão morto em 1978, ele deixou o Brasil com destino à Argentina, de onde embarcou para a Espanha. Mas foi encontrado em fevereiro de 2014 pela Interpol, na famosa praia de Maranello, na Itália. Desde então, está preso por falsidade ideológica.
O brasileiro ficou até outubro na penitenciária de Modena, quando o Tribunal de Bolonha negou sua extradição ao Brasil, mas em fevereiro deste ano a Corte de Cassação da Itália concedeu sua extradição. A decisão foi ratificada pelo Ministério da Justiça e pelo Tribunal do Lazio, primeira instância da justiça administrativa. Hoje, o Conselho de Estado da Itália autorizou o envio do brasileiro ao país natal.
Os juízes rejeitaram o recurso apresentado pela defesa e afirmaram que foram apresentadas condições suficientes das prisões brasileiras em preservar os direitos humanos. Segundo a corte, as garantias foram apresentadas "tanto pelo governo quanto pelas máximas autoridades judiciárias brasileiras". A defesa de Pizzolato insistia que os centros de detenção no Brasil violavam os direitos humanos.
Com informações da Agência Ansa
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