terça-feira, dezembro 22, 2009

Como diria Boris Casoy:"Isto é uma vergonha"


O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, assinou um ato nomeando a servidora Sânzia Maia, mulher do ex-diretor-geral Agaciel Maia, para um órgão ligado à sua diretoria. Ela assume uma vaga no SIS (Sistema Integrado de Saúde), nove meses após seu marido ter deixado o comando da diretoria sob acusações de irregularidades em sua gestão de 14 anos e a pouco mais de um mês do Senado decidir sobre a demissão dele, que é responsabilizado pela edição dos atos secretos.
Atualmente, Sânzia estava lotada na gráfica, que é considerado berço político de Agaciel, recebendo por mês R$ 3.302,42. A assessoria da Diretoria Geral não soube informar se a movimentação determinada pelo ato nº 4545, de 2009, também envolve um reajuste salarial para a servidora. Segundo a assessoria, Tajra está de recesso e, por isso, não poderia comentar a remoção de Sânzia.
A servidora permaneceu de 1999 até 2008 em uma situação considerada irregular na Casa. Foi nomeada pelo próprio marido para comandar a Secretaria de Estágios, mesmo com a Lei 8.112/90, que trata do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, proibindo que se mantenha sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil.
Ela acabou exonerada da função em 2008 quando o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu o nepotismo nos Três Poderes.

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