Mais uma vez estou absorta em minhas reflexões sobre a política que é feita em nosso país e o que me vem à cabeça é a França!Sempre a França! Um grande exemplo de Democracia.O que seria desta nação se não fosse a Revolução?Provavelmente um país desmoralizado, fraco e sem dignidade.
Interessante perceber que em 1789 lá na França tantas pessoas já viam a tremenda importância da Declaração dos Diretos do Homem e do Cidadão.Um documento que defende o direito à liberdade, à igualdade perante a lei, à inviolabilidade da propriedade e o direito de resistir à opressão. E nós tantos anos depois ainda estamos tentando entender o que tudo isso significa.
Em 1792 ,a república criada pela Revolução Francesa declarou o final da monarquia,e deu ao rei um novo nome ,”Luís ,o último”, alguns meses depois, ele se ajoelhava diante da guilhotina, e a sua cabeça prestes a ser cortada perdeu toda a empáfia e soberba de outrora, mas a história política da França é um livro com inúmeros capítulos que merecem ser estudados e entendidos.
Não sei porque nós, o povo brasileiro, ainda não nos mobilizamos para fazer uma revolução neste país.Como diz Maquiavel”a necessidade é o que leva o homem a agir, e quando ela deixa de existir sobra apenas podridão e decadência”, é mais ou menos assim que tenho percebido o Brasil de agora.
O brasileiro vem perdendo a sua capacidade de indignação,resistência e sobretudo de decência, nos acostumamos aos escândalos políticos, a leniência das autoridades em punir quem rouba o dinheiro e a honra de um povo.Acabamos por fazer piada das nossas próprias verdades inconvenientes, para cada novo escândalo, uma piada nova...tudo isso fragiliza a auto-estima de uma gente que parece estar se perdendo.
Para onde pretendemos caminhar? O que de fato tem mesmo importância para os nossos ilustres homens públicos? Estamos diante de mais um ano eleitoral, o que esperar das campanhas? E dos candidatos? Mas a principal pergunta é: o que esperar dos eleitores?Qual será o comportamento do povo neste próximo pleito? A alienação de sempre?A falta de questionamentos?A deslavada venda de votos?Estas são questões latentes que não podemos deixar de enfrentar.
Luciana, parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirVocê como sempre insuperável!!!!!
Seu talento redacional é fantástico.
Permita-se uma pequena observação:
O problema da política brasileira é crônico comadre.
Dificilmente avançaremos no combate a corrupção e a mentalidade
distorcida do nosso povo, enquanto não houver punição.
O homem só escolhe o caminho certo, porque do contrário, "pode ser
punido."
O ser humano "tem receio" de ser punido.
No Brasil, não há rigor para os endinheirados, então, eles comandam as
relações, inclusive sociais, perpetuando uma situação que já existe há
muitos anos.
O livro de Darcy Ribeiro (o povo brasileiro), retrata muito bem isso aí.
Entretanto, do ponto de vista da economia, percebo que houve mudança.
O Governo Lula, com toda a roubalheira, avançou neste aspecto.
O pobre hoje, tem poder de compra.
E isso é muito significativo.
O salário mínimo corresponde a quase 300 dólares americanos.
Lembre-se que houve um tempo, em que não chegava a 50 dólares.
A roubalheira continua, mas pelo menos hoje, as massas passaram a uma
melhor qualidade de vida.
Isso é fantástico!
Você menciona a Revolução Francesa...
Pois bem, foi a partir dela, que as massas começaram a pensar, e este
fato representou o marco inicial de mudanças sociais importantes.
Houve uma desconcentração da renda.
A burguesia, que tem os seus encantos devo reconhecer, esperneia.
Claro, e tem mesmo é que espernear...
Não usufrui mais do dinheiro sozinha.
Luciana, você e eu somos burguesas.
Nascemos em boas famílias, tivemos desde cedo, acesso a coisas, que a
grande maioria dos brasileiros não têm, e talvez nunca tenham,
conhecemos parte do mundo, diga-se de passagem em grande estilo,
consumimos, sabemos o que é comer e beber bem, estudamos em boas
escolas, somos protegidas por planos de saúde top de linha, mas o povão
comadre, não sabe o que é isso...
Ser burguês é bom, mas não podemos deixar de reconhecer estes fatos.
Enquanto a nossa pátria mãe dormia tão distraída, não percebia que era
subtraída em tenebrosas transações... (vai passar - Chico Buarque).
E é assim até hoje Luciana.
Desde o descobrimento somos saqueados, inclusive emocionalmente, e
continuamos a sê-lo, até hoje.
Sou receosa em relação ao Brasil.
Sinceramente, não creio muito que possamos disseminar a retidão a curto
espaço de tempo.
Talvez, em mais 500 anos não sei.
Quem viver, verá...
Beijo,
Tuxa.