A maior agência de língua portuguesa do mundo, a Lusa, deve investir no Brasil nos próximos anos com um novo modelo de negócio. A agência, que mantinha uma versão brasileira de seu site com conteúdo aberto, passará a disponibilizar suas notícias apenas para empresas e veículos de comunicação, como acontece em outras agências. A empresa também negou o encerramento de suas atividades no Brasil, como circulou na imprensa.
“Nosso site era de conteúdo aberto ao público, mas não faria sentido um veículo de comunicação pagar por esse conteúdo, sendo que ele era aberto. E isso contraria nosso modelo de negócio”, explica Paulo Rêgo, diretor da Lusa. De acordo com o jornalista, o site aberto da versão brasileira era uma estratégia para firmar a identidade da agência no Brasil.
“Queremos investir no mercado brasileiro, numa nova administração, nos novos contatos. Esse é um modelo de negócio completamente sustentável”, completou.
O jornalista explicou que a Lusa pretende criar uma operação de venda e negociar conteúdo, parcerias e novos projetos com os meios de comunicação brasileiros.
Nesta semana circulou na imprensa a informação de que a Lusa teria encerrado seus serviços no Brasil, mas Rêgo negou a notícia. A informação foi divulgada depois que a versão brasileira do site da agência deixou de ser atualizada, no dia 31/12, após o contrato com a PrimaPágina, que produz conteúdo para a empresa, não ter sido renovado.
Internacionalização
Rêgo afirmou que os investimentos da agência serão feitos de forma globalizada, atingido os países lusófonos. Antes, a empresa traduzia seus conteúdos para o Brasil, seguindo o português falado aqui. Com o novo acordo ortográfico, isso não será mais necessário. O objetivo é firmar a identidade da empresa nos países de língua portuguesa e sua marca no mundo.
O plano da empresa é expandir a comercialização de conteúdo para veículos de Cabo Verde, Brasil, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Angola, Moçambique, Timor-Leste, Macau (território chinês que tem o português como uma de suas línguas oficiais), além de Portugal. A Lusa ainda não divulgou os valores do investimento.
Atualmente a agência possui 300 jornalistas em todo o mundo. No Brasil, são seis a serviço da agência, número que deve crescer, “de acordo a receptividade do mercado brasileiro e estrangeiro”, destacou Rêgo.
O diretor disse que a empresa analisa os novos modelos de negócio, mas que terá flexibilidade para disponibilizar seu conteúdo. “Há vários modelos de negócio para que o público tenha acesso ao nosso conteúdo e estamos estudando novos modelos também, queremos ser flexíveis”, completou.
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