domingo, julho 04, 2010
Dos 31 deputados, entre titulares e suplentes, 11 deles devem ficar fora da próxima legislatura.
Os deputados distritais começaram a atual legislatura com um forte discurso de moralidade e com a promessa de uma pauta ética,no entanto, o que viu na prática não foi bem isso! Os últimos quatro anos entraram para a história como uma era de escândalos e vexames. Desde janeiro de 2007, três deputados renunciaram ao mandato, inclusive o presidente da Casa, Leonardo Prudente(o deputado da meia), atolados numa crise sem precedentes. Dois passaram uma temporada na cadeia e a Câmara recebeu 16 representações por quebra de decoro parlamentar. E mais: dois parlamentares foram cassados: Eurides Brito (PMDB), por suspeita de corrupção, e seu suplente, Roberto Lucena (PR), por infidelidade partidária. Este, por sua vez, passou metade de um dia preso, antes de perder o mandato, sob a acusação de não pagar pensão alimentícia.Que horror!
Cenário de hoje
São candidatos à reeleição
Alírio Neto (PPS)
Já foi presidente da Câmara e secretário de Justiça do GDF. É alvo de ação de improbidade por ter tido despesas pagas por empresário na véspera da eleição indireta.
Aguinaldo de Jesus (PRB)
É alvo, com Arruda, de ação de improbidade por irregularidade no contrato para a realização do amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008. Também sofre ação de improbidade por ter tido hospedagem paga por um empresário na véspera da eleição indireta.
Aylton Gomes (PR)
Terá de explicar citações de seu nome gravadas durante a Caixa de Pandora. É alvo de ação de improbidade pelos mesmos motivos de Alírio e Aguinaldo.
Batista das Cooperativas (PRP)
Enfrentou denúncias de uso de cargos comissionados em interesse pessoal. É investigado pelo suposto vínculo com construtora que atua em cooperativas habitacionais. Foi citado como beneficiário de vantagens em troca de apoio a Arruda. É alvo de ação pela hospedagem em Goiânia.
Benedito Domingos (PP)
Presidente regional do PP, Benedito é investigado por ter sido citado por Durval Barbosa em depoimentos. Teria recebido dinheiro na campanha de 2006 para levar o PP a apoiar a candidatura de Arruda.
Benício Tavares (PMDB)
Neste ano, livrou-se da denúncia de exploração sexual de adolescente. Mas é investigado como beneficiário de mesada. É alvo de ação de improbidade por ter tido despesas pagas por empresário em hotel.
Berinaldo Pontes (PP)
Suplente de Benedito Domingos, foi citado como beneficiário de mesada em conversa de Arruda com o então chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel.
Cabo Patrício (PT)
Vice-presidente da Casa, destacou-se como condutor da Câmara na crise. É alvo de representação por ter apresentado projeto relacionado ao tratamento do lixo hospitalar que beneficiou Leonardo Prudente. O processo não avançou.
Chico Leite (PT)
Procurador de Justiça licenciado, tenta o terceiro mandato.
Cristiano Araújo (PTB)
Teve que se defender na Justiça Eleitoral de denúncias de compra de votos. Chegou a ser condenado por abuso de poder econômico, mas foi absolvido de outras acusações. É alvo de ação de improbidade por ter tido despesas pagas por um empresário.
Dr. Charles (PTB)
Apontado como beneficiário de vantagem para apoiar o governo Arruda, o petebista é alvo de ação de improbidade por ter tido despesas pagas por um empresário.
Eliana Pedrosa (DEM)
Ex-secretária de Desenvolvimento Social, a distrital chegou a prestar depoimento na CPI dos Cemitérios por ter sido uma das donas da Campo da Esperança, mas não foi indiciada.
Milton Barbosa (PSDB)
Delegado aposentado, vai disputar o segundo mandato.
Paulo Roriz (DEM)
Sobrinho de Roriz, vai tentar o segundo mandato.
Pedro do Ovo (PRP)
Suplente do deputado Aylton Gomes, Pedro do Ovo está sob investigação no suposto esquema de mesada do governo Arruda.
Raad Massouh (DEM)
Na eleição de 2006, ficou na suplência do DEM, mas herdou o mandato com a renúncia de Júnior Brunelli (PSC).
Raimundo Ribeiro (PSDB)
Vai tentar a reeleição com votos na comunidade jurídica e entre condomínios.
Roberto Lucena (PR)
Suplente do PMDB, assumiu o mandato com o afastamento de Eurides Brito. Ele foi cassado no último dia 30 por infidelidade partidária. Irmão de Gilberto Lucena, dono da Linknet, empresa investigada na Pandora.
Rôney Nemer (PMDB)
Foi secretário de Obras de Roriz. É investigado por ter sido citado como beneficiário de mesada em troca de apoio. É alvo de ação de improbidade por ter tido despesas pagas por um empresário.
Indefinições
Wilson Lima (PR)
Não foi citado na Operação Caixa de Pandora. Por isso, em meio à crise, conseguiu se eleger presidente da Câmara e assumiu o GDF com a renúncia de Paulo Octávio. Por ter exercido cargo depois do período de desincompatibilização, terá dificuldade de registrar sua candidatura a distrital.
Vão concorrer a uma vaga de deputado federal
Érika Kokay (PT)
Enfrentou neste mandato denúncia de caixa dois em sua campanha de 2006. O processo foi arquivado na Comissão de Ética.
Jaqueline Roriz (PMN)
No primeiro mandato, chegou a ser cotada para vice, mas vai para a campanha de deputada com o apoio do pai, Joaquim Roriz.
Paulo Tadeu (PT)
Está no terceiro mandato de distrital. Começou em Sobradinho, mas expandiu sua influência. De uma corrente de esquerda do PT, foi vice-presidente da Câmara entre 2007 e 2008.
José Antônio Reguffe (PDT)
No primeiro mandato, notabilizou-se pela defesa da redução de gastos públicos. Chegou a ser lançado pelo PDT candidato ao GDF.
Não vão concorrer
Eurides Brito (PMDB)
Filmada por Durval Barbosa guardando dinheiro na bolsa, a peemedebista, que já foi secretária de Educação, foi cassada por quebra de decoro. Ficou inelegível por oito anos.
Geraldo Naves (sem partido)
Assumiu o mandato com a renúncia de Brunelli e Leonardo Prudente. O aviso de posse ocorreu quando estava preso, sob a acusação de intermediar proposta de suborno. Com a denúncia, deixou o DEM para fugir da cassação e não pode concorrer.
Júnior Brunelli (PSC)
Migrou para o PSC para tentar o Senado, mas a pretensão foi prejudicada pelos vídeos de Durval, em que aparece recebendo dinheiro e rezando. Não deve tentar novo mandato, já que o PSC reluta em entregar a legenda para que ele concorra.
Leonardo Prudente (sem partido)
Presidente da Câmara quando o escândalo da Caixa de Pandora estourou, afastou-se do comando da Casa e deixou o DEM para não ser expulso. Sem partido, não poderá se candidatar.
Pedro Passos (PMDB)
O peemedebista cogitou concorrer a um novo mandato, mas desistiu de voltar à vida pública.
Rogério Ulysses (sem partido)
Com base eleitoral em São Sebastião, não poderá concorrer porque foi expulso do PSB depois da Operação Caixa de Pandora.
Wigberto Tartuce (PMDB)
Empresário e ex-distrital e federal, voltou à Casa com a cassação do mandato de Roberto Lucena. Em 1999, foi acusado de comandar esquema de desvio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
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