O governo britânico anunciou no mês de outubro que os contribuintes britânicos de maior renda perderão, a partir de 2013, direito a um subsídio dado pelo governo aos casais com filhos.
Atualmente, os pais recebem 20,30 libras (aproximadamente R$ 54) por semana como subsídio pelo filho mais velho e 13,40 libras (cerca de R$ 35,6) por cada filho mais novo, pagamento que, em alguns casos, pode prosseguir até que as crianças completem 19 anos. O benefício se estende a 7,7 milhões de famílias britânicas atualmente, a um custo de 12 bilhões de libras anuais ao Estado.
Osborne também informou que o governo limitará a 26 mil libras anuais o total que uma família poderá receber como subsídio estatal.
‘Duro, mas justo’
O corte, que Osborne anunciou como sendo “duro, mas justo”, afetará 1,2 milhão de casais nos quais pelo menos um dos cônjuges ganhe 44 mil libras anuais (R$ 117 mil).
Estima-se que, para uma família com três filhos, a mudança representará uma perda de 2,5 mil libras por ano. Por outro lado, o Estado britânico economizará 1 bilhão de libras anuais, segundo cálculos do governo.
Criticado pela oposição trabalhista, o corte foi justificado por Osborne como necessário para cumprir a meta de cortar 25% das despesas públicas nos próximos quatro anos, como já havia sido anunciado pelo governo.
A redução de despesas deve ser detalhada neste mês. A previsão é de que o governo, além de eliminar benefícios sociais, aprove um aumento de impostos sobre o consumo, um congelamento dos salários dos servidores públicos por dois anos e um novo regime de taxação dos bancos.
‘Super-ricos’
Há um ano, Osborne dissera que os conservadores planejavam preservar o subsídio para casais com filhos, já que o benefício era “valorizado por milhões” de britânicos.
Mas o ministro disse nesta segunda-feira que o clima financeiro atual não permite que o Estado gaste 1 bilhão de libras com famílias que estejam ganhando bem.
“Acreditem, sei que os maiores pagadores de impostos não são super-ricos. (Mas) é difícil justificar impostos sobre pessoas com rendas menores para pagar benefícios para famílias que ganham muito mais do que elas”, disse.
Osborne voltou a culpar o governo trabalhista anterior por deixar “dívidas que ameaçam nossa economia, com custos de bem-estar social fora de controle”.
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