Um jornal de Denver, no Colorado, está procurando um jornalista para escrever resenhas sobre maconha para uso medicinal.
Segundo o jornal, o "crítico de baseados" escreverá uma coluna onde dará sua avaliação sobre os diferentes locais onde pacientes com prescrição médica podem comprar maconha e as diferentes variedades da planta disponíveis, desde as produzidas localmente até algumas, importadas, que chegam a custar US$ 100 a onça (28 g).
O uso da droga é proibido por lei federal nos EUA, mas pode ter uso medicinal para aliviar a dor em alguns Estados, entre os quais o Colorado.
"Com o número de pessoas buscando autorização para o uso medicinal de maconha crescendo mais rápido que o número de farmácias autorizadas a distribuir maconha neste Estado, soubemos que não apenas havia uma necessidade de informação crítica, mas que não haveria falta de candidatos qualificados", explicou o jornal.
O post com a proposta de emprego recebeu a primeira candidatura em cinco minutos. A ideia contou com a ajuda de matérias sobre o assunto em grandes jornais americanos como o New York Times e o Wall Street Journal.
"Todos os furos de jornalismo (do Westword) são fumaça perto da atenção que atraímos com o post procurando um crítico de farmácias de maconha", comentou a jornalista Patrícia Calhoun em um artigo.
A ideia do cargo foi do jornalista Joel Warner, que escreve sobre a indústria da maconha no Colorado. Em seus posts, ele dá dicas de onde comprar e o que comprar, e sublinha a importância de garantir a procedência da erva para não acabar aumentando, inadvertidamente, o lucro dos cartéis de droga.
Importância
O prazo para submissão das candidaturas, que só são consideradas válidas se o candidato tiver permissão para comprar a droga e usá-la medicinalmente, já terminou. Em um artigo na seu site, o jornal compilou as razões que alguns aspirantes ao cargo apresentaram em seu favor.
"Por que a maconha médica é importante para mim? Ela não apenas salvou minha vida, mas me devolveu a pessoa que eu era antes de um acidente que mudou minha vida", disse um deles. "A maconha não é apenas importante para mim; é minha vida."
Outro candidato se descreveu como um "chapado altamente capaz". "Sou seu connoisseur na arte de fumar maconha com credenciais impecáveis para as características do Westword."
Já outro afirmou que, "quando as farmácias se tornarem tão comuns quanto as lavanderias, as pessoas verão que o céu não está caindo sobre elas ou que as coisas não estão dando errado. Elas começarão a se questionar e desafiar os pressupostos".
"Talvez você possa fumar maconha e ter um trabalho. Talvez ela não te deixe mole. Talvez um dia possamos até ter uma discussão pública e honesta sobre isso. Sinto que os ventos da mudança estão soprando, e que quando a poeira assentar vou gostar do que verei. PS: Se desperdicei seu tempo, ou se você se sentir mais idiota por ter lido meu texto, desculpas adiantadas. Estou medicado."
Nenhum comentário:
Postar um comentário