O ritmo de crescimento da economia brasileira está em desaceleração, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgados nesta segunda-feira em Paris.
A OCDE aponta, em contrapartida, que a expansão ganha força em países que se recuperam de recessões, como Estados Unidos e Japão.
A redução de ritmo é “moderada” em Grã-Bretanha, Canadá, França, Índia e Itália e “fortemente” acentuada em Brasil e China. A tendência já havia sido observada no mês passado.
O ICA se baseia em séries históricas de crescimento da produção industrial de cada país para calcular, mensalmente, as tendências econômicas dos 33 países da OCDE e de outros seis emergentes que não pertencem ao organismo. Não é uma medição de PIB, mas de tendência de crescimento.
O nível de 100 pontos é utilizado como referência para classificar a intensidade da atividade econômica dos países.
Os países que sofreram queda em relação ao último estudo e ficaram abaixo de 100 pontos recebem a classificação de “desaceleração”. Os que também tiveram diminuição do índice, mas permaneceram acima da barreira de 100 pontos, são considerados como em “leve desaceleração”.
Brasil e China são os únicos países avaliados a ficar abaixo dos 100 pontos (com 98,6 e 99,3, respectivamente) no relatório divulgado nesta segunda pela OCDE.
Ainda assim, o saldo brasileiro no ICA é positivo em 0,8 ponto percentual nos últimos 12 meses.
‘Divergências de crescimento’
A desaceleração não é a tendência predominante entre as economias, segundo o relatório da OCDE. O organismo destaca que o ICA para o mês de setembro mostra “divergências no ritmo de crescimento econômico dos países analisados”.
Com isso, a boa notícia vai para Alemanha, Japão, Estados Unidos e Rússia. Os ciclos de crescimento das economias dos quatro países “continuam em expansão”, informa o relatório da OCDE.
A economia alemã mostra que se recupera de maneira sólida da crise mundial, mantendo o ritmo de crescimento estável em setembro. Nos últimos doze meses, a Alemanha acumula a maior alta entre as economias analisadas, ao alcançar 105,8 pontos.
Com 102,4 pontos, os Estados Unidos têm uma “expansão estável”.
A Rússia é o único emergente a figurar entre os que devem manter um ritmo de crescimento sólido.
Entre os países que apresentam uma “leve desaceleração” do ritmo de crescimento de suas economias, a OCDE cita Grã-Bretanha e França. Mas o ritmo de expansão de ambos se mantém acima da barreira dos 100 pontos.
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