Um dia depois de aceitar a carta de demissão do primeiro-ministro François Fillon, o presidente francês Nicolas Sarkozy o renomeou para o cargo, na primeira etapa da reorganização do gabinete do governo.
Os outros membros do ministério também apresentaram formalmente suas demissões no último sábado, em preparação para a nova fase.Em comunicado da Presidência da República, Sarkozy diz que Fillon está encarregado de preparar uma lista com as indicações para o novo governo, que deve ser anunciada até a segunda-feira.
Fillon, por sua vez, reafirmou em nota oficial sua "fidelidade" ao compromisso com Sarkozy, e disse que nos últimos três anos e meio foram feitas "reformas corajosas, apesar de uma dura crise econômica e financeira global".
"Estou começando uma nova fase com a determinação que permitirá que nosso país fortaleça o crescimento da economia para ajudar os empregos, promover a solidariedade e salvaguardar a segurança do povo francês", diz a nota.
A mudança do gabinete acontece em meio uma das maiores crises do governo Sarkozy.
A tensão política cresceu na França nos últimos meses com a aprovação da reforma da previdência, cuja proposta de aumentar a idade da aposentadoria de 60 para 62 anos foi contestada por manifestantes em todo o país.
De acordo com pesquisas, a popularidade do presidente está em seu nível mais baixo desde o começo do governo.
Com o novo governo, espera-se que Sarkozy tente reverter seus índices de popularidade na corrida para as próximas eleições presidenciais, em 2012.
Popular
Fillon, que já foi ministro da Educação Superior e da Pesquisa e ministro do Trabalho, é percebido pela população francesa como um político calmo e firme.
Ele diz que a popularidade de Fillon costuma ser maior do que a de Sarkozy, que precisaria de uma presença forte no atual momento do governo.
Ainda de acordo com o correspondente, outros políticos de carreira deverão sair definitivamente do governo, como o ministro da Defesa Herve Morin e o ministro de Relações Exteriores Bernard Kouchner, um socialista que recentemente expressou sua discordância com algumas das políticas do gabinete de Sarkozy.
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