domingo, novembro 07, 2010

Setor logístico cobra ousadia da presidente eleita Dilma Rousseff e afirma que "continuismo" pode travar economia


Um dos grandes desafios do próximo governo é a infraestrutura logística. “O Brasil não cresce mais do que 5% em 2011, é impossível, uma questão física”, avalia Luciano Rocha, empresário do setor logístico e presidente da Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística (ABEPL).

O paradoxo vivido hoje no Brasil é conseqüência da falta de prioridade do governo na expansão e melhoria dos meios utilizados para movimentação de cargas. “É estranho dizer, mas a própria economia do país será a responsável pela limitação do crescimento econômico nos próximos anos se o ritmo da indústria e do consumo continuarem acelerados”, destaca. “Já estamos vivendo um caos, onde falta tudo: aeroportos, portos, rodovias, caminhões, mão de obra e até pneu, é um absurdo!”.

Para um setor que cresce de 18% a 20% ao ano, ou seja, quase 3 vezes mais do que a economia do país, o discurso de uma política de “continuísmo” assusta. “Não queremos continuidade, queremos ir além. De 2007 a 2010 os problemas no setor logístico do país só pioraram e as políticas do governo Lula foram insuficientes para resolver essas questões”, avalia Rocha destacando que o setor já acendeu o sinal de alerta e que Dilma não atendeu o convite da ABEPL para discutir os problemas e apresentar propostas aos empresários do setor.

O presidente da Abepl cobra um posicionamento mais ativo da nova presidente do Brasil. “Para sanar os gargalos da logística no país Dilma Rousseff terá que ter atitude e muita ousadia para investir em ampliação, melhoria e expansão da infraestrutura de movimentação de cargas. Só assim será possível sustentar o crescimento do país”, finaliza.

Se de um lado a carga tributária é a principal barreira para o crescimento das empresas, independentemente de seu porte, outro fator limitante é o custo logístico dos produtos que, por causa da precariedade da infraestrutura, perdem competitividade nos mercados interno e externo.

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