O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu desculpas nesta quinta-feira por ter se “precipitado” ao anunciado o nome do secretário de Saúde de seu governo, Sérgio Côrtes, como futuro ministro da Saúde do gabinete da presidente eleita Dilma Rousseff.
Cabral havia anunciado Côrtes como ministro na segunda-feira, no Rio. Dois dias depois, a presidente eleita disse, por meio de sua assessoria, que a decisão sobre quem ocuparia o posto na Saúde não havia sido tomada.
O governador contou que conversou, na quarta-feira, por telefone, três vezes, com Dilma. “Já é um episódio superado”, disse.
Cabral afirmou ainda que se “entusiasmou” com a possibilidade de Côrtes ser ministro e por isso cometeu a “precipitação”.
Para ele, o secretário não entraria na cota de ministérios do PMDB, aliado do PT no governo, mas por suas “qualidades técnicas que estão mudando o setor de saúde no Rio”.
Cabral participou, em Lomas de Zamora, na Província de Buenos Aires, da inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), centro de atenção à saúde já existente em vários pontos do Rio de Janeiro, com o objetivo de reduzir filas nos hospitais.
A cerimônia da inauguração da UPA argentina contou com a participação da presidente Cristina Kirchner e do ex-jogador Diego Armando Maradona.
Guerra ao tráfico
Na entrevista a jornalistas brasileiros, Cabral disse que as operações de combate ao tráfico de drogas são de “longo prazo”.
“A violência degradou o Rio de Janeiro e estamos recuperando território para a cidadania. A polícia de pacificação (das comunidades carentes) vai continuar”, disse.
O governador do Rio afirmou ainda que policiais acusados de má conduta durante as operações no Complexo do Alemão serão “punidos”.
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