O FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou na última quinta-feira, em Washington, um relatório em que afirma que a deterioração nas contas fiscais do Brasil “é particularmente brusca” e vai impedir que se alcance a meta de superávit primário.
"Espera-se agora que o governo não alcance sua meta fiscal (superávit primário da ordem de 3% do Produto Interno Bruto, PIB) por ampla margem", diz a atualização do relatório Fiscal Monitor, que analisa dívidas e déficit global.
O governo brasileiro vem sofrendo críticas de analistas por manter uma política fiscal muito relaxada e, diante do excesso de gastos, ser obrigado a recorrer a uma política monetária mais rígida para manter a inflação sob controle, aumentando a taxa básica de juros.
Diante da pressão inflacionária, o Banco Central elevou na semana passada a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 10,75% para 11,25%, interrompendo um período de seis meses de estabilidade.
O Banco Central também divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na qual projeta que a meta de superávit primário para 2011 será cumprida sem ajustes.
No documento, o Banco Central afirma ainda que, "os desenvolvimentos no âmbito fiscal são parte importante do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vista a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas".
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