sexta-feira, janeiro 14, 2011

Senadores que saem em janeiro planejam carreira fora do Senado...


A maioria dos senadores que esvaziam seus gabinetes no Senado Federal até 31 de janeiro continuará atuando na política, ainda que não tenha mais mandato. São parlamentares que tentaram a reeleição, mas não venceram, ou se candidataram a outros cargos, como a senadora Marina Silva (PV-AC), que concorreu à Presidência da República, ou, ainda, não se candidataram a nenhum cargo eletivo.

Concorreram ao Senado, mas não se elegeram os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Marco Maciel (DEM-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Efraim Morais (DEM-PB), Fátima Cleide (PT-RO), Jefferson Praia (PDT-AM) e Papaléo Paes (PSDB-AP). Também se candidatou ao Senado e não foi eleito o senador Romeu Tuma (PTB-SP), falecido no final de outubro, que não pôde fazer campanha devido ao seu estado de saúde.

Efraim Morais (DEM-PB) assumirá em 1º de fevereiro a Secretaria de Infraestrutura da Paraíba. Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) voltará às atividades empresariais nas áreas de shopping center, comunicação e bebidas no Ceará. Segundo a assessoria do senador, Tasso também se dedicará, com José Serra e Fernando Henrique Cardoso, à elaboração do novo programa do PSDB.

Outros senadores continuarão no Congresso, mas na Câmara: o senador Almeida Lima (PMDB-SE) foi eleito deputado federal por Sergipe; Eduardo Azeredo (PSDB-MG) por Minas Gerais; e Sérgio Guerra (PSDB-PE), por Pernambuco. Também se candidataram à Câmara dos Deputados, mas não se elegeram, os senadores Adelmir Santana (DEM-DF), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Serys Slhessarenko (PT-MT).

Também com mandatos até o fim de janeiro, Ideli Salvatti (PT-SC) foi nomeada ministra da Pesca e Aquicultura; Flávio Arns (PSDB-PR) virou vice- governador do Paraná; e Patrícia Saboya (PDT-CE) foi eleita deputada estadual no Ceará. 

Segundo a assessoria do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), ele ainda está muito envolvido com as atividades da 1ª Secretaria do Senado e não pensou sobre o que fará a partir de fevereiro. Depois de cerca de 30 anos atuando na política, a assessoria garantiu que o senador não pretende mudar.

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) também não tomou nenhuma decisão sobre a atividade que desempenhará a partir de fevereiro. Como faz parte do quadro de carreira diplomática, ele poderá voltar ao Itamaraty. O senador também poderá assumir cargo em governo estadual.

O senador Mão Santa (PSC-PI) disse que vai continuar na vida política. Porém, só deve tomar uma decisão a partir de fevereiro. A senadora Fátima Cleide (PT-RO) também não decidiu o que fará quando terminar seu mandato.
Renúncias e licenças

Com mandatos até 2015, renunciaram para assumir governos estaduais os senadores Tião Viana (PT-AC), que assume o governo do Acre; Renato Casagrande (PSB-ES), do Espírito Santo; Marconi Perillo (PSDB-GO), eleito governador de Goiás, Rosalba Ciarlini (DEM-RN), eleita governadora do Rio Grande do Norte; e Raimundo Colombo (DEM-SC), governador de Santa Catarina. Em seus lugares assumiram os suplentes Aníbal Diniz (PT-AC), Ana Rita (PT-ES), Cyro Miranda (PSDB) e Garibaldi Alves (PMDB-RN). O suplente do senador Raimundo Colombo (DEM-SC) ainda não assumiu a vaga.

Assim como os colegas acima, dois outros senadores deixaram os cargos rumo ao Executivo: Edison Lobão, reeleito senador, assumiu o Ministério de Minas e Energia. No senado, assim que tomar posse no novo mandato para o qual foi eleito, será substituído por Lobão Filho, seu primeiro suplente. O senador Garibaldi Alves Filho também virou ministro, na pasta da Previdência. Seu suplente é Paulo Davim.

Alguns senadores chegam ao fim de mandato no Senado sem garantir vagas aos cargos a que concorreram fora de Brasília: José Nery (PSOL-PA) tentou, mas não conseguiu, eleger-se deputado estadual no Pará. Hélio Costa (PMDB-MG) perdeu as eleições ao governo de Minas Gerais para Antonio Anastasia, e Osmar Dias (PDT-PR) foi derrotado por Beto Richa nas eleições para o governo do Paraná.

Não se candidataram

Augusto Botelho (RR), que está sem partido, não se candidatou a nenhum cargo. Em discurso no Plenário em setembro do ano passado, o parlamentar por Roraima anunciou sua desfiliação do PT em razão de o partido não permitir sua candidatura à reeleição ao Senado.

Sérgio Zambiasi (PTB-RS) não quis se candidatar a nenhum cargo eletivo e vai voltar a exercer a atividade de radialista. A militância política do senador, segundo a assessoria, será feita por meio de seu programa no rádio, voltado às necessidades dos menos favorecidos. Já o senador Gilberto Goellner (DEM-MT) pretende voltar a se dedicar à atividade empresarial.

Também não se candidataram a cargo eletivo os senadores João Tenório (PSDB-AL), Antonio Carlos Junior (DEM-BA), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Gerson Camata (PMDB-ES), Mauro Fecury (PMDB-MA), Valter Pereira (PMDB-MS), Roberto Cavalcanti (PRB-PB).

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