O rombo foi resultado de má administração, de acordo com esses técnicos. A manipulação da contabilidade era uma forma de esconder o buraco de R$ 4,3 bilhões, não os desvios.
Só na última semana os técnicos concluíram que o rombo era muito maior do que os R$ 2,5 bilhões anunciados em novembro: R$ 4,3 bilhões. Deste valor, o FGC, entidade dirigida pelos bancos, emprestou R$ 3,8 bilhões a Silvio Santos. Os outros R$ 500 milhões foram tirados do próprio banco PanAmericano, de uma forma que o FGC ainda não explicou.
Na última segunda-feira, Silvio vendeu o banco ao BTG Pactual por R$ 450 milhões. Como a dívida é de R$ 3,8 bilhões, o fundo vai arcar com um prejuízo de pelo menos R$ 3,35 bilhões.
Celso Vilardi, advogado de Palladino, diz que a hipótese de que seu cliente recebeu por serviços não prestados não tem fundamento algum. De acordo com ele, Palladino recebeu de outras empresas do grupo por consultorias que prestou.
Na semana passada, o PanAmericano prometeu publicar os resultados do terceiro trimestre até o dia 15. De acordo com comunicado, "devido à complexidade do assunto ocorreram atrasos que não estavam previstos e, portanto, levaram a administração a alterar a previsão estimada para a entrega do ITR referente ao terceiro trimestre".
Na ocasião, o PanAmericano informou que "não houve e nem haverá concessão de auxílio pelo FGC" diretamente à companhia. Em comunicado, o banco informa que o Grupo Silvio Santos aportou R$ 1,3 bilhão na instituição, a título de ajuste ao aporte de R$ 2,5 bilhões feito em novembro de 2010.
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