segunda-feira, março 21, 2011

EUA vão ajudar investigação de abusos cometidos em ditadura chilena

O presidente dos Estados Unidos termina seus compromissos oficiais no Chile nesta segunda-feira (21) com um jantar no Palácio La Moneda, sede da Presidência. Mais cedo, Barack Obama se comprometeu a colaborar na investigação de casos de violação dos direitos humanos cometidos durante a ditadura de Augusto Pinochet, então apoiada pelos americanos.

O jantar, servido pelo presidente Sebastián Piñera, é animado pelo grupo folclórico Los Javias. A festa ocorre no Palácio La Moneda. Mais cedo, Obama se reuniu em privado com o colega chileno, enquanto Michelle Obama visitava uma escola com a primeira-dama local.

A informação sobre a investigação de casos de direitos humanos foi dada pelo ex-presidente Eduardo Frei (1994-2000), que junto dos ex-mandatários  Patricio Aylwin (1990-1994) e Ricardo Lagos (2000-2006) participou de encontro com Obama.

Os EUA aparecem vinculados à conspiração que derrubou o presidente socialista Salvador Allende e instaurou a ditadura de Augusto Pinochet, em 11 de setembro de 1973.

A Justiça chilena investiga também a morte do ex-presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970), pai de Frei, que morreu depois de ser submetido a uma cirurgia de rotina. A investigação indica que foi envenenado em 1982, quando se projetava como um forte opositor de Pinochet.

Anteriormente, durante seu discurso em La Moneda, Obama afirmou à imprensa local: "Qualquer solicitação realizada pelo Chile para obter mais informações sobre o passado é algo que certamente vamos considerar e com a qual queremos cooperar".

Obama realiza uma visita ao Chile como parte de sua primeira viagem pela América Latina que começou sábado no Brasil e que será concluída na terça-feira em El Salvador.

Assim como fez no Brasil, Obama ressaltou o progresso do Chile, que se tornou o país mais desenvolvido da América Latina.

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