terça-feira, março 22, 2011

Fábricas japonesas enfrentam escassez de peças e podem fechar

Em um momento em que o Japão sofre as consequências deixadas pelo terremoto que devastou a região nordeste do país, empresas enfrentam falta de peças, o que complica a produção das fábricas. Cinco fábricas da Sony tiveram cortes anunciados na produção, e a Toyota Motos adiou mais uma vez o reinício de suas linhas de montagens japonesas.

Empresas de eletrônicos e de automóveis são as que mais têm sofrido com a tragédia. Em um campo mais amplo do problema, a mineradora global Rio Tinto também alertou que seus planos de expansão começam a ser afetados.

Os fabricantes tentam retomar o ritmo de produção enquanto as indústrias lidam com problemas como cortes de energia, infraestrutura comprometida e escassez de peças. E o Japão é parte fundamental desse suprimento global, o que acaba afetando empresas que vão da Apple Inc à General Motors Co.

A Sony informou que cinco de suas fábricas localizadas no centro e no sul do Japão, correm o risco de reduzir as entregas até o final do mês ou até mesmo de fechar as portas, por conta da escassez de peças resultantes do desastre. "Se a escassez de peças e materiais fornecidas a essas fábricas continuar, vamos cogitar medidas necessárias como uma transferência de produção temporária para o exterior", declarou a fabricante do PlayStation, e de outros produtos como câmeras de vídeo e digitais, televisores e microfones.

Dentre as 25 instalações da Sony, cerca de 15 foram afetadas, incluindo duas fábricas que foram parcialmente reativadas na última semana. Ao total a empresa tem 54 fábricas em todo o mundo.

Essa importância japonesa na cadeia mundial de abastecimento de eletrônicos causa preocupação. O país produz cerca de um quinto dos chips de computador do mundo, e exportou cerca de US$ 91,3 trilhões em peças eletrônicas no último ano, segundo dados de pesquisa feita pela Mirae Asset Securities.

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