O estopim da crise no Ministério da Agricultura se deu no Gabinete da Presidência da República, na votação do Código Florestal. Ali, um duelo de inimigos políticos de Ribeirão Preto, com rixas antigas, precisava chegar ao fim. Antônio Palocci e Dilma tentaram convencer o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), relator do Código Florestal, a atender aos pedidos dos ambientalistas da turma de Marina Silva. Esta era a fatura que Marina apresentava pelo apoio à candidatura de Dilma a Presidência, no 2º Turno.
Aldo rechaçou de imediato e disse ”não posso tirar pequenos agricultores de beira de rio. Isto é inaceitável.” Dali Dilma colocou nas mãos de Palocci o abacaxi para o então chefe da Casa Civil, descascar dentro do Congresso, afinal ele era o grande articulador político da presidente.
Palocci tentou acionar a bancada ruralista do PMDB exigindo que não aprovasse o parecer do relator Aldo Rebelo. Foi aí que travou um duelo, pelo telefone, com Michel Temer.
Palocci tentou dar o troco em Temer convencendo Dilma a demitir Wagner Rossi. Dilma, então, chamou o vice-presidente e disse que Rossi estava sendo demitido. Com poucas palavras, Temer foi direto no recado: “faça isso e vamos entregar todos os cargos do PMDB no Governo.”
Dilma foi obrigada a recuar, mas ficou com o ministro apadrinhado por Temer, atravessado na garganta. Palocci cai em desgraça e depois de várias denúncias deixa a Casa Civil.
Mas Palocci não parou por aí. A República de Ribeirão Preto ocupava ponto estratégico no Ministério da Agricultura. Começava, então, um duelo para derrubar o rival político, também de Ribeirão, Wagner Rossi, apadrinhado por Michel Temer.
Palocci tem o controle da principal secretaria do Ministério da Agricultura: a SPOA. João Mafalda de Carvalho Filho e Fernando Mendes Garcia Neto são homens de total confiança do ex-chefe da Casa Civil.
Entenda no organograma abaixo como eram divididas as forças no Ministério da Agricultura.
Palocci ao sair da Casa Civil deixou uma armadilha para o seu conterrâneo no Ministério da Agricultura. Encomendou para a ABIN – Agência Brasileira de Informação o monitoramento de João Henrique Vieira da Silva Neto, ligado ao irmão de Romero Jucá, Oscar Jucá Neto, ex-Diretor da Conab, e o de Júlio César Fróes Fialho, ligado ao ex- secretário executivo Milton Ortolan, braço direito do ministro Wagner Rossi há 25 anos.
Julio Fróes, João Henrique e Karla Renata França Carvalho, chefe de gabinete da Secretaria Executiva, eram os encarregados de arrecadar e fazer chegar ao Ministro os 10% de todos os contratos realizados entre as empresas e o Ministério.
Uma das empresas que paga religiosamente o pedágio até hoje é a CTIS (na área de informática). O contrato, que chega a R$ 25 milhões por ano, é considerado pequeno diante dos projetos milionários que passam pela S.D.A – Secretaria de Defesa Agropecuária,que tem no seu comando Francisco Sérgio Ferreira Jardim, que reza na mesma cartilha do PMDB.
Outro contrato flagrado foi o da Gráfica e Editora Ideal, que também paga pedágio até hoje. A Ideal pertence a João Ferreira dos Santos, presidente do Sindicato dos Gráficos do DF (Sindigraf-DF).
Passou pelo Departamento de Licitação do Ministério da Agricultura, edital para a área de comunicação, no valor de R$ 2,9 milhões, carimbado pelo ministro Wagner Rossi. A empresa que deveria ganhar era a FSB Comunicação Ltda, que tem como seu representante em Brasília, o jornalista Gustavo Krieger, ex- assessor de Michel Temer. Michel chamou Rossi e pediu pessoalmente que favorecesse a FSB. Tudo parecia certo, até a mão de Palocci atuar através de Marco Antônio Bittencourt Sucupira, que ocupa o cargo de coordenador do CONIT, responsáveis pelos editais. Israel Leonardo Batista, presidente da Comissão de Licitação, “cometeu um equívoco”: deixou de comunicar recurso impetrado por uma das empresas participantes do processo, a Hill & Knowlton Brasil Ltda. A licitação acabou anulada.
O resultado das investigações da ABIN já derrubou o irmão de Jucá da Conab, Oscar Jucá Neto, o secretario executivo da Agricultura Milton Ortolan, e o presidente da Comissão de Licitação Israel Leonardo Batista.
Aldo rechaçou de imediato e disse ”não posso tirar pequenos agricultores de beira de rio. Isto é inaceitável.” Dali Dilma colocou nas mãos de Palocci o abacaxi para o então chefe da Casa Civil, descascar dentro do Congresso, afinal ele era o grande articulador político da presidente.
Palocci tentou acionar a bancada ruralista do PMDB exigindo que não aprovasse o parecer do relator Aldo Rebelo. Foi aí que travou um duelo, pelo telefone, com Michel Temer.
Palocci tentou dar o troco em Temer convencendo Dilma a demitir Wagner Rossi. Dilma, então, chamou o vice-presidente e disse que Rossi estava sendo demitido. Com poucas palavras, Temer foi direto no recado: “faça isso e vamos entregar todos os cargos do PMDB no Governo.”
Dilma foi obrigada a recuar, mas ficou com o ministro apadrinhado por Temer, atravessado na garganta. Palocci cai em desgraça e depois de várias denúncias deixa a Casa Civil.
Mas Palocci não parou por aí. A República de Ribeirão Preto ocupava ponto estratégico no Ministério da Agricultura. Começava, então, um duelo para derrubar o rival político, também de Ribeirão, Wagner Rossi, apadrinhado por Michel Temer.
Palocci tem o controle da principal secretaria do Ministério da Agricultura: a SPOA. João Mafalda de Carvalho Filho e Fernando Mendes Garcia Neto são homens de total confiança do ex-chefe da Casa Civil.
Entenda no organograma abaixo como eram divididas as forças no Ministério da Agricultura.
Palocci ao sair da Casa Civil deixou uma armadilha para o seu conterrâneo no Ministério da Agricultura. Encomendou para a ABIN – Agência Brasileira de Informação o monitoramento de João Henrique Vieira da Silva Neto, ligado ao irmão de Romero Jucá, Oscar Jucá Neto, ex-Diretor da Conab, e o de Júlio César Fróes Fialho, ligado ao ex- secretário executivo Milton Ortolan, braço direito do ministro Wagner Rossi há 25 anos.
Julio Fróes, João Henrique e Karla Renata França Carvalho, chefe de gabinete da Secretaria Executiva, eram os encarregados de arrecadar e fazer chegar ao Ministro os 10% de todos os contratos realizados entre as empresas e o Ministério.
Uma das empresas que paga religiosamente o pedágio até hoje é a CTIS (na área de informática). O contrato, que chega a R$ 25 milhões por ano, é considerado pequeno diante dos projetos milionários que passam pela S.D.A – Secretaria de Defesa Agropecuária,que tem no seu comando Francisco Sérgio Ferreira Jardim, que reza na mesma cartilha do PMDB.
Outro contrato flagrado foi o da Gráfica e Editora Ideal, que também paga pedágio até hoje. A Ideal pertence a João Ferreira dos Santos, presidente do Sindicato dos Gráficos do DF (Sindigraf-DF).
Passou pelo Departamento de Licitação do Ministério da Agricultura, edital para a área de comunicação, no valor de R$ 2,9 milhões, carimbado pelo ministro Wagner Rossi. A empresa que deveria ganhar era a FSB Comunicação Ltda, que tem como seu representante em Brasília, o jornalista Gustavo Krieger, ex- assessor de Michel Temer. Michel chamou Rossi e pediu pessoalmente que favorecesse a FSB. Tudo parecia certo, até a mão de Palocci atuar através de Marco Antônio Bittencourt Sucupira, que ocupa o cargo de coordenador do CONIT, responsáveis pelos editais. Israel Leonardo Batista, presidente da Comissão de Licitação, “cometeu um equívoco”: deixou de comunicar recurso impetrado por uma das empresas participantes do processo, a Hill & Knowlton Brasil Ltda. A licitação acabou anulada.
O resultado das investigações da ABIN já derrubou o irmão de Jucá da Conab, Oscar Jucá Neto, o secretario executivo da Agricultura Milton Ortolan, e o presidente da Comissão de Licitação Israel Leonardo Batista.
É importante chamar a atenção para a presidente Dilma que recebe diariamente das mãos do ministro da Casa Militar, em sua primeira audiência, relatório que demonstra a movimentação de todas as pastas na Esplanada dos Ministérios. Dilma acompanha passo a passo do que acontece. Mas no caso da Agricultura, a presidente foge do embate com o vice, que ultimamente, nas reuniões em que participa, quando Dilma começa a se alterar, Michel em silêncio levanta, dá as costas e vai embora, deixando a presidente mais irritada ainda.
Fonte: Quid Novi - Mino Pedrosa
turma de safados
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